Hospital Regional de Ponta Grossa vai complementar ensino da UEPG

Inauguração do hospital será feita pelo governador Roberto Requião no dia 31 de março
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24/03/2010 - 14:40

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Criar condições para a realização de residência médica, por meio da instalação de um hospital universitário, estimular a pesquisa e ampliar a oferta educacional na área da saúde. Segundo membros da direção da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e da coordenação do curso de Medicina da instituição, estes são os principais benefícios que o Hospital Regional de Ponta Grossa, construído pela Secretaria do Desenvolvimento Urbano/Paranacidade em convênio com a Secretaria da Saúde e UEPG, trará para a área acadêmica. A inauguração do hospital será feita pelo governador Roberto Requião no dia 31 de março
“Esta obra muda o perfil da universidade na parte de educação, bem como da cidade e região, no que se refere ao serviço público de saúde. É um hospital regional com perfil de hospital universitário, que oferece o suporte ideal para o funcionamento dos cursos de Medicina e Enfermagem, além dos demais do setor da Saúde e das Ciências Biológicas”, afirma o reitor da UEPG, João Carlos Gomes.
De acordo com o vice-reitor da UEPG, Carlos Luciano Sant’Ana Vargas, a previsão é iniciar a atividade de residência médica em 2012 e, em médio prazo, solicitar credenciamento junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para oferta de programas de mestrado. No longo prazo, está prevista a oferta de cursos de doutorado na área médica.
“Os alunos poderão desde já ir se integrando ao ambiente do hospital por meio de ações disciplinares e projetos específicos de extensão, de iniciação científica e até de estágios. Os estudantes de Medicina irão definitivamente para o hospital no quinto ano para os internatos, permanecendo lá até o fim do curso, atendendo diretamente a população, sempre com supervisão dos professores e dos profissionais médicos da unidade de saúde”, diz Vargas.
Para o diretor do Curso de Medicina da UEPG, César Roberto Busato, a residência é uma necessidade à complementação da formação médica. “A distribuição inteligente dos diferentes serviços dentro da arquitetura hospitalar vai permitir uma boa alocação dos acadêmicos para o aprendizado da prática médica, além de proporcionar um atendimento de qualidade na área de alta complexidade aos pacientes da região”, ressalta.
Busato conta que, atualmente, as aulas práticas de semiologia médica (disciplina que estuda os sinais e sintomas das doenças humanas) estão sendo realizadas no Centro de Atenção à Saúde Dr. Luiz Conrado Mansani, no Bairro Uvaranas, apenas com pacientes portadores de patologias ambulatoriais (entre elas doenças infecto-contagiosas e resultantes de carências alimentares).“No momento, em Ponta Grossa, apenas a Santa Casa de Misericórdia oferece 15 vagas para algumas especialidades médicas, número ainda insuficientes para os nossos alunos”, afirma. A primeira turma do Curso de Medicina da UEPG foi aberta em julho de 2009 e tem 40 alunos.
Segundo o vice-reitor, haverá integração entre a UEPG e o hospital em quase todas as atividades da universidade não apenas na área acadêmica, mas também na prestação de serviços públicos à população, tão logo a unidade de saúde entre em funcionamento. “O contingente de alunos e professores dos cursos, somado aos profissionais e servidores do hospital, propiciará condições para o desenvolvimento de projetos de saúde pública, com o objetivo de se antecipar aos problemas, por meio de ações de prevenção”, diz.
O Hospital Regional de Ponta Grossa é essencialmente de caráter público e integrará o Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo atendimento gratuito à população da região dos Campos Gerais, e de outros municípios do Estado, para casos de alta complexidade. Com área construída de 13.523 metros quadrados, a unidade de saúde terá 150 leitos, sendo 30 para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), e um pronto-socorro para atendimento de traumas, urgências e emergências clínicas. O hospital também vai funcionar como porta de entrada para o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma (Siate) e para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Um convênio firmado entre a Secretaria de Estado da Saúde/Instituto de Saúde do Paraná, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano, o Serviço Social Autônomo Paranacidade e a Universidade Estadual de Ponta Grossa estabeleceu as linhas gerais de cooperação para a construção do hospital. A Secretaria da Saúde repassou os recursos financeiros para a Sedu/Paranacidade, que administrou a execução da obra. A UEPG cedeu o terreno no campus Uvaranas.

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