Hospital Regional de Ponta Grossa: concepção inovadora e democrática

É a obra mais simbólica feita pela Sedu/Paranacidade e uma das mais importantes construídas pelo Governo do Estado na área da saúde
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30/03/2010 - 18:20

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O Hospital Regional de Ponta Grossa, que será inaugurado nesta quarta-feira (31), às 15 horas, pelo governador Roberto Requião, foi construído, segundo o secretário do Desenvolvimento Urbano, Forte Netto, dentro de uma concepção democrática de como organizar um espaço público de forma a que todos se sintam iguais e respeitados. “Todos poderão visualizar o que está ocorrendo em praticamente todas as áreas do hospital”, informa. O hospital é a obra mais simbólica feita pela Sedu/Paranacidade e uma das mais importantes construídas pelo Governo do Estado na área da saúde.
O projeto arquitetônico do hospital é da arquiteta Luciana Vallada. Para ela, o projeto se baseia em uma idéia totalmente inovadora na área hospitalar. “A unidade possui os dois primeiros pavimentos em cruz, que convergem para um grande hall com iluminação natural, onde será feita a triagem e o controle de acesso do público e dos pacientes aos serviços ou atendimentos específicos. Este grande vazio, com iluminação natural, proporciona ao usuário um ambiente diferenciado se comparado à maioria dos hospitais existentes. Ao menos não tenho conhecimento de nenhuma outra obra pública que utilize solução arquitetônica semelhante”, diz.
Localizado no campus Uvaranas, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), a unidade de saúde é de alta complexidade e terá 150 leitos, sendo 30 para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e um pronto-socorro para atendimento de traumas, urgências e emergências clínicas. Além disso, vai funcionar como porta de entrada para o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma (Siate) e para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Segundo Luciana Vallada, a principal preocupação do projeto foi evitar a existência de longos corredores internos e a subdivisão do hospital em blocos, facilitando a circulação do público usuário. “Os ambientes foram planejados em razão do conhecimento técnico dos autores do projeto de rotinas de funcionamento hospitalar, permitindo que as soluções para cada setor sejam sempre as mais funcionais possíveis”, revela.
Forte Netto conta que atenção especial foi dada à acessibilidade. “A edificação permite a locomoção para todos os pacientes, sejam aqueles que podem utilizar a escada, que necessitam de elevador ou o que precisam da rampa de acesso. É uma obra concebida dentro do último conhecimento no que diz respeito à organização hospitalar que coincide com o plano de saúde do Paraná. Plano que constrói, além de edifícios, a humanidade e dignidade no atendimento médico às pessoas”, afirma.
“Como regra geral, todos os pavimentos são atendidos por rampa e por elevadores, sendo os últimos separados por tipo de utilização: público, pacientes e serviço. Além disso, existem apartamentos com instalações e sanitários adaptados para pessoas com deficiência”, completa Luciana. Forte Netto lembra que a unidade também terá um heliponto. “Como nós temos um pronto socorro adequadamente organizado, imaginou-se necessária a instalação de um heliponto para que o transporte dos pacientes com algum tipo de trauma ou vítimas de acidentes ao local seja rápido, realizado por helicópteros que podem posar ao lado do hospital”, conta.
As obras do Hospital Regional de Ponta Grossa começaram em fevereiro de 2007 com dois bate-estacas fixando de 20 a 22 estacas por dia. Oito meses depois já estavam sendo iniciados a cobertura e o revestimento do prédio principal. No auge da construção, 320 operários trabalharam simultaneamente na edificação do hospital. E por se tratar de um hospital, o trabalho de acabamento interno foi minucioso e cheio de detalhes.
Um convênio firmado entre a Secretaria de Estado da Saúde/Instituto de Saúde do Paraná, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano (Sedu), o Serviço Social Autônomo Paranacidade e a Universidade Estadual de Ponta Grossa estabeleceu as linhas gerais de cooperação para a construção do hospital. A Secretaria da Saúde repassou os recursos financeiros para a Sedu/Paranacidade, que administrou a execução da obra. A UEPG cedeu o terreno para a obra.
BOX:
Raio-X da obra:
Com 14,2 mil metros quadrados de área construída, o Hospital Regional de Ponta Grosa é constituído por cinco pavimentos com os seguinte ambientes:
- Térreo: Recepção Geral, Atendimento de Urgência e Emergência com acesso independente, Centro de Diagnóstico por Imagem ccom Raios X, Tomografia, Ultrassonografia, Endoscopia, Eletroencefalografia, Ecocardiografia e Ecodoppler, Atendimento Ambulatorial de diversas especialidades, Farmácia, Lactário, Cozinha e Refeitório para Funcionários, Lavanderia, Vestiários e Sanitários para Funcionários, almoxarifado e manutenção;
- 2º Pavimento - Centro Cirúrgico Geral (4 salas de cirurgia) e Obstétrico (2 salas de parto normal e 1 de parto cirúrgico), Central de Esterilização de Materiais, UTI Geral com 27 leitos, UTI Neonatal (com 9 leitos), Laboratório, Serviço de Hemodiálise, Administração Geral do Hospital, Biblioteca e Salas de Aula, Anfiteatro, instalações de conforto para plantonistas residentes (estudantes).
- 3º Pavimento - Internamento Psiquiátrico – com 12 leitos e consultórios para terapia individual e para terapia coletiva e 41 leitos de internamento Geral, Estar para acompanhantes e instalações para conforto de médicos e plantonistas.
- 4º Pavimento - Internamento Obstétrico - berçário com 8 leitos; 52 leitos de internamento sendo 04 isolamentos e um deles opcional para internamento de Portadores de Necessidades Especiais, Estar para Acompanhantes, instalações para conforto de médicos e plantonistas.
- 5º Pavimento - Internamento Geral - 53 leitos de internamento sendo 05 isolamentos e um deles opcional para internamento de Portadores de Necessidades Especiais, Estar para Acompanhantes, instalações para conforto de médicos e plantonistas.
As Instalações de infraestrutura complementares - central elétrica, de ar condicionado, água quente e água fria, gases medicinais, ficam situadas numa edificação anexa, fora do corpo do Hospital propriamente dito.

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