A Copel calcula em 5,5% a redução da demanda de energia elétrica durante a vigência do horário de verão, que termina no próximo sábado. Esse percentual, na ponta do sistema, equivale a cerca de 200 megawatts, o suficiente para abastecer uma cidade como Londrina, segundo maior centro urbano do Estado.
Estima-se que algo como 1.800 megawatts de potência tenha deixado de transitar pelo sistema elétrico desses estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal, no horário de ponta, entre 18h e 21h, ou o equivalente a uma redução de 4,6% sobre a demanda na ponta em períodos normais. Essa potência evitada equivale à carga máxima de Belo Horizonte e de Florianópolis somadas.
À meia-noite de sábado (18) para domingo (19), os relógios deverão ser atrasados em uma hora, voltando a marcar 23 horas de sábado. Essa ação restituirá, 125 dias depois, a hora que foi suprimida em 16 de outubro de 2005. Essa foi a 35.ª edição do horário brasileiro de verão, medida que desde 1985 vem sendo adotada de forma contínua e rotineira em boa parte do país.
Folga – “A adoção do horário de verão permite que instalações importantes do setor elétrico como usinas, linhas de transmissão e subestações trabalhem com folga, elevando os níveis de confiabilidade do sistema e reduzindo a probabilidade de problemas como sobrecargas”, explica Christina Courtouke, gerente da Coordenação de Operação do Sistema Elétrico da Copel. “O alívio nas condições de funcionamento também permite realizar paradas para manutenção preventiva sem ocasionar riscos ao atendimento do mercado, o que é um benefício enorme”, complementa.
O horário de verão também proporciona pequena economia, da ordem de 0,5%, nos níveis de consumo de eletricidade. Basicamente essa economia se dá em decorrência do menor tempo de uso de lâmpadas, já que os dias são mais longos que as noites.
Artifício – O horário de verão é um artifício utilizado para aproveitar melhor a luminosidade natural que é mais intensa nesta época do ano. A lógica da medida consiste em antecipar a rotina das pessoas em uma hora, “esticando” o final das tardes e aliviando as condições de operação do sistema elétrico no chamado horário de ponta, o momento do dia em que ocorre a maior demanda simultânea por energia.
Isso acontece em razão da defasagem criada entre o período de máximo consumo das diferentes categorias de usuários, evitando que seus picos coincidam e se sobreponham. Como se dá com as residências, por exemplo, onde a demanda por energia elétrica sobe a partir do encerramento do horário comercial: durante o horário de verão, a maior parte das pessoas está voltando para casa e usando eletrodomésticos e chuveiros com o dia ainda bastante claro, muito tempo antes dos sensores fotoelétricos da iluminação pública acionarem automaticamente o acendimento das lâmpadas nas ruas.