Horário de verão reduz 5,5% o consumo em horário de ponta

Relógios serão adiantados em uma hora, no domingo, para aproveitar melhor a luz natural
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15/10/2005 - 06:00
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Começa neste final de semana a 35.a edição do horário brasileiro de verão, medida que, desde 1985, vem sendo adotada de forma contínua e rotineira. À meia-noite de sábado (15) para domingo (16), todos os relógios deverão ser adiantados em uma hora nos Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Essa hora suprimida será reposta 125 dias depois, em 18 de fevereiro de 2006, um domingo que terá 25 horas de duração. Durante a vigência da medida, estima-se que 1.800 megawatts de potência deixarão de transitar pelo sistema elétrico dessas regiões no horário de ponta, entre 18 e 21 horas, ou redução de 4,6% sobre a demanda na ponta em épocas normais. Essa potência equivale à carga máxima de Belo Horizonte e Florianópolis somadas. No Paraná, a Copel calcula em 5,5% a redução na ponta do sistema – ou 200 megawatts, demanda de uma cidade como Londrina. “A adoção do horário de verão permite que instalações importantes do setor elétrico como usinas, linhas de transmissão e subestações trabalhem com folga, elevando os níveis de confiabilidade do sistema”, explica Ana Rita Xavier Mussi, gerente do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel. “O alívio nas condições de funcionamento também permite realizar paradas para manutenção preventiva sem riscos ao atendimento do mercado, o que é um benefício enorme”, complementa. O horário de verão também proporciona uma pequena economia, da ordem de 0,5%, nos níveis de consumo de eletricidade, basicamente em decorrência do menor tempo de uso de lâmpadas. Artifício – O horário de verão é um artifício utilizado para aproveitar melhor a luminosidade natural, mais intensa nesta época do ano, quando os dias são mais longos que as noites. A lógica consiste em antecipar a rotina das pessoas em uma hora, “esticando” o final das tardes e aliviando as condições de operação do sistema elétrico no chamado “horário de ponta”, o momento do dia em que ocorre a maior demanda simultânea por energia. Isso acontece em razão da defasagem criada entre o período de máximo consumo das diferentes categorias de usuários, evitando que seus picos coincidam e se sobreponham. Como se dá com as residências, por exemplo, onde a demanda por energia elétrica sobe a partir do encerramento do horário comercial: durante o horário de verão, a maior parte das pessoas está voltando para casa e usando eletrodomésticos e chuveiros com o dia ainda bastante claro, muito tempo antes dos sensores fotoelétricos da iluminação pública acionarem automaticamente o acendimento das lâmpadas nas ruas.

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