Os municípios de Ponta Grossa e Guarapuava, em parceria com a administração estadual, usuários de recursos hídricos e a sociedade em geral, estão desenvolvendo projetos para garantir uma melhor cobertura florestal em sua bacia hidrográfica para garantir uma melhor qualidade da água dos rios da região, assim como mudar o cenário de poluição para um menos prejudicial para a natureza e aqueles que dela dependem.
Em Guarapuava, um estudo feito na bacia do principal rio da região e um dos afluentes do rio Iguaçu, o rio Jordão, mostra que o rio ainda mantém 50% de cobertura florestal intacta. A região é conhecida pelo seu alto potencial hídrico e grande número de remanescentes de florestas.
Estão inseridas na bacia do rio Jordão os municípios de Guarapuava, Inácio Martins, Pinhão, Reserva do Iguaçu, Candói e Foz do Jordão, totalizando 230 mil habitantes. Um diagnóstico realizado apontou que os maiores problemas que poderiam comprometer a quantidade e a qualidade da água estão diretamente relacionadas ao lixo e a falta de saneamento, além da poluição difusa que se refere ao uso de agrotóxicos.
A partir daí, com a criação do Comitê de Bacias, foram realizadas reuniões e estabelecidas metas a serem alcançadas para proteção da bacia do rio Jordão.
“As indústrias, Cooperativas Agropecuárias e grandes usuários, por exemplo, implementaram sistemas eficazes de tratamento de efluentes. Os municípios que não tinham onde colocar o lixo, construíram seus aterros sanitários e o Estado garantiu a ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto, bem como a criação de Unidades de Conservação na bacia”, relata o coordenador da Bacia hidrográfica do rio Jordão, Mauro Battistelli. Segundo ele, hoje o maior volume de água do rio Jordão é utilizado para a indústria e geração de energia e não para o abastecimento humano, demonstrando o seu potencial.
Além disso, a água do rio Jordão tem um padrão alto de qualidade, possibilitando o uso múltiplo da água para abastecimento público, pesca, prática de esportes, entre outras atividades.
“Isso significa que ainda possuímos água de qualidade e em quantidade”, afirmou Mauro.
PONTA GROSSA – Em Ponta Grossa, a bacia do Alagados – onde vivem 315 mil habitantes, abrangendo os municípios de Carambeí e Castro - está passando por um processo amplo de melhoria na qualidade da água. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), em parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa e outras entidades, desenvolvem um projeto de recuperação e prevenção na Bacia.
Inicialmente coordenado pelo professor da UEPG, Fernando Pillati, com a participação de acadêmicos e professores, o trabalho sobre a Gestão Integrada na bacia do Alagado, sub-bacia do rio Tibagi foi ganhando proporções cada vez maiores. Essa bacia teve o seu rio principal represado, formando um lago que registrava um acúmulo de certos nutrientes em sua massa de água, provocando aparecimento excessivo de algas, aumentando conseqüentemente também a produção de cianotoxinas.
Com a finalidade de identificar e localizar a origem das cargas poluidoras, efetuou-se um diagnóstico em toda a bacia, que apontou impactos ambientais decorrentes de poluição, atividades agropecuárias, minerarias, e ausência de vegetação ciliar junto à represa, rios e nascentes.
A partir daí foi formado um grupo gestor que elaborou um programa de recuperação ambiental para toda a bacia onde foram elencados um conjunto de ações mitigadoras. “Entre os projetos em andamento estão a recomposição da mata ciliar, estudos de fauna e flora, erosão e assoreamento dos rios e retirada de espécies exóticas de áreas de mananciais”, conta o técnico do IAP, Cyrus Augustus Mouro Daldin.
Com estas ações os índices de qualidade da água melhoraram muito e as algas tóxicas que ameaçavam a represa do rio Pitangui - responsável pelo abastecimento de 40% da cidade de Ponta Grossa - já não existem mais. O nível normal da água da bacia é de 10 metros, atualmente ela esta com 8,5 metros que ainda é considerado normal.
“Além disso, tínhamos os dejetos da suinocultura, por exemplo, que eram diretamente lançados no solo. Para solucionarmos este grave problema montamos um projeto em parceria com o IAP e depois disso as áreas foram devidamente licenciadas e os dejetos receberam a destinação correta”, demonstra o professor Pillati.
Ele explica que os investimentos em coleta e tratamento de esgoto – promovido pela Sanepar – também foram importantes. “Por se tratar de uma área essencialmente rural as residências não possuíam qualquer infraestrutura de saneamento o cenário é outro e reforçamos os investimentos com visitas de porta em porta para conscientizar a população”, relata Pillati.
O Grupo Gestor é composto pelo IAP, Sanepar, SEMA, Emater, prefeituras, Universidades, representantes da iniciativa privada e grandes usuários de bacias hidrográficas. As reuniões acontecem a cada 60 dias para avaliar o andamento dos projetos.
O coordenador de Recursos Hídricos da SEMA, José Luis Scroccaro, destaca que as ações realizadas em Ponta Grossa e Guarapuava, seguem exatamente o que prevê o Política Estadual de Recursos Hídricos. “A política nacional e estadual de recursos hídricos prevê a criação dos comitês de bacias e do Plano Estadual de Recursos Hídricos – que no Paraná já está em andamento – para incluir cada vez mais a participação da sociedade na deliberação de medidas em prol da bacia hidrográfica que a população está inserida”, finalizou Scroccaro.
Em Guarapuava, um estudo feito na bacia do principal rio da região e um dos afluentes do rio Iguaçu, o rio Jordão, mostra que o rio ainda mantém 50% de cobertura florestal intacta. A região é conhecida pelo seu alto potencial hídrico e grande número de remanescentes de florestas.
Estão inseridas na bacia do rio Jordão os municípios de Guarapuava, Inácio Martins, Pinhão, Reserva do Iguaçu, Candói e Foz do Jordão, totalizando 230 mil habitantes. Um diagnóstico realizado apontou que os maiores problemas que poderiam comprometer a quantidade e a qualidade da água estão diretamente relacionadas ao lixo e a falta de saneamento, além da poluição difusa que se refere ao uso de agrotóxicos.
A partir daí, com a criação do Comitê de Bacias, foram realizadas reuniões e estabelecidas metas a serem alcançadas para proteção da bacia do rio Jordão.
“As indústrias, Cooperativas Agropecuárias e grandes usuários, por exemplo, implementaram sistemas eficazes de tratamento de efluentes. Os municípios que não tinham onde colocar o lixo, construíram seus aterros sanitários e o Estado garantiu a ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto, bem como a criação de Unidades de Conservação na bacia”, relata o coordenador da Bacia hidrográfica do rio Jordão, Mauro Battistelli. Segundo ele, hoje o maior volume de água do rio Jordão é utilizado para a indústria e geração de energia e não para o abastecimento humano, demonstrando o seu potencial.
Além disso, a água do rio Jordão tem um padrão alto de qualidade, possibilitando o uso múltiplo da água para abastecimento público, pesca, prática de esportes, entre outras atividades.
“Isso significa que ainda possuímos água de qualidade e em quantidade”, afirmou Mauro.
PONTA GROSSA – Em Ponta Grossa, a bacia do Alagados – onde vivem 315 mil habitantes, abrangendo os municípios de Carambeí e Castro - está passando por um processo amplo de melhoria na qualidade da água. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), em parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa e outras entidades, desenvolvem um projeto de recuperação e prevenção na Bacia.
Inicialmente coordenado pelo professor da UEPG, Fernando Pillati, com a participação de acadêmicos e professores, o trabalho sobre a Gestão Integrada na bacia do Alagado, sub-bacia do rio Tibagi foi ganhando proporções cada vez maiores. Essa bacia teve o seu rio principal represado, formando um lago que registrava um acúmulo de certos nutrientes em sua massa de água, provocando aparecimento excessivo de algas, aumentando conseqüentemente também a produção de cianotoxinas.
Com a finalidade de identificar e localizar a origem das cargas poluidoras, efetuou-se um diagnóstico em toda a bacia, que apontou impactos ambientais decorrentes de poluição, atividades agropecuárias, minerarias, e ausência de vegetação ciliar junto à represa, rios e nascentes.
A partir daí foi formado um grupo gestor que elaborou um programa de recuperação ambiental para toda a bacia onde foram elencados um conjunto de ações mitigadoras. “Entre os projetos em andamento estão a recomposição da mata ciliar, estudos de fauna e flora, erosão e assoreamento dos rios e retirada de espécies exóticas de áreas de mananciais”, conta o técnico do IAP, Cyrus Augustus Mouro Daldin.
Com estas ações os índices de qualidade da água melhoraram muito e as algas tóxicas que ameaçavam a represa do rio Pitangui - responsável pelo abastecimento de 40% da cidade de Ponta Grossa - já não existem mais. O nível normal da água da bacia é de 10 metros, atualmente ela esta com 8,5 metros que ainda é considerado normal.
“Além disso, tínhamos os dejetos da suinocultura, por exemplo, que eram diretamente lançados no solo. Para solucionarmos este grave problema montamos um projeto em parceria com o IAP e depois disso as áreas foram devidamente licenciadas e os dejetos receberam a destinação correta”, demonstra o professor Pillati.
Ele explica que os investimentos em coleta e tratamento de esgoto – promovido pela Sanepar – também foram importantes. “Por se tratar de uma área essencialmente rural as residências não possuíam qualquer infraestrutura de saneamento o cenário é outro e reforçamos os investimentos com visitas de porta em porta para conscientizar a população”, relata Pillati.
O Grupo Gestor é composto pelo IAP, Sanepar, SEMA, Emater, prefeituras, Universidades, representantes da iniciativa privada e grandes usuários de bacias hidrográficas. As reuniões acontecem a cada 60 dias para avaliar o andamento dos projetos.
O coordenador de Recursos Hídricos da SEMA, José Luis Scroccaro, destaca que as ações realizadas em Ponta Grossa e Guarapuava, seguem exatamente o que prevê o Política Estadual de Recursos Hídricos. “A política nacional e estadual de recursos hídricos prevê a criação dos comitês de bacias e do Plano Estadual de Recursos Hídricos – que no Paraná já está em andamento – para incluir cada vez mais a participação da sociedade na deliberação de medidas em prol da bacia hidrográfica que a população está inserida”, finalizou Scroccaro.