Guaíra 2 Cia de Dança estréia novo espetáculo nesta quinta-feira


O Guaíra 2 Cia de Dança está nos últimos ensaios para o espetáculo “Faces”, das 16h às 22h. O ensaio geral será no dia 27, das 20h às 22h, no Guairinha
Publicação
26/05/2009 - 12:23
Editoria
“Faces” é o mais novo espetáculo do Guaíra 2 Cia de Dança, que estreia na quinta-feira(28), no Guairinha. As apresentações serão nos dias 28, 29 e 30, sempre às 20h30 e dia 31, no Teatro para o Povo, às 18h. Os ingressos para quinta, sexta e sábado custam R$10,00, com desconto de 50% para portadores do Cartão Teatro Guaíra. No domingo a entrada é franca. Coreografado pela curitibana, Eunice Olivera, “Faces” trata da complexidade da vida e mostra a construção das imagens que o ser humano faz de si mesmo e de seus semelhantes. As modificações dessas imagens, com o decorrer da vida, também fazem parte da essência do roteiro, criando assim um espetáculo bastante original, como tem sido a tônica do G2, que trabalha sempre dentro da concepção do intérprete criador. O cenário, também criação de Eunice está concebido dentro de uma proposta moderna, em forma de cubo, o que irá permitir algumas surpresas durante a apresentação do espetáculo. A trilha sonora está composta por diversos estilos musicais e autores: Buena Vista Social Club, Ed Côrtes, James Newton Howard, Matisyahu, Thomas Newman, Yael Nainn, Yann Tiersen, Zbigniew e Preisner. Eunice explica que o espetáculo pretende refletir as diversas facetas do cotidiano e a forma como construímos nossa identidade e personalidade. “Tudo depende de tudo em que acreditamos e das experiências que vivemos e, neste processo, criamos várias faces de nós mesmos. Também elaboramos idéias a respeito de outras pessoas e coisas. Pensamos sobre o que é certo ou errado, bom ou ruim, gostamos disso, não gostamos daquilo e percebemos, no que nos cerca, faces distintas de acordo com nosso próprio olhar. Percebemos particularmente aquela face que queremos ver”, justifica a coreógrafa. “A tudo julgamos. Porém, nossos julgamentos são falíveis, porque não conseguimos abarcar a essência ou a totalidade das coisas. Não podemos enxergar o que está no interior do ser humano, seus pensamentos mais profundos, e nos orientamos pelas aparências. Temos uma visão e uma compreensão fragmentada e parcial das pessoas e do mundo, mas tendemos a optar dentre os possíveis juízos. Assim, caracterizamos coisas e pessoas e tentamos conduzir nossas ações de forma coerente com as crenças e ideias que formamos. E erramos. Com “Faces” gostaria de dizer que, no decorrer da vida, criamos para nós próprios e vemos nos outros diversas faces e acreditamos no que vemos (ou pensamos que vemos). A vida em si tem também momentos que nos transformam, faces da vida que modificam nossas faces, como nas estações do ano modifica-se a natureza. A vida de cada um e de todos nós estão interligadas, porém a ligação é invisível aos nossos olhos, assim como o é a força que move essas vidas. Podemos fazer mil planos, mas nunca temos a certeza de concretizá-los porque a nossa existência não está só em nossas mãos e a vida nos traz surpresas. Quem pode ter a certeza de que estará vivo amanhã? Para viver, e não apenas passar pela vida, precisamos buscar o que está além das aparências, encontrar a essência, o imutável e o eterno. Precisamos procurar o verdadeiro. Encontrar a verdadeira Face”, diz Eunice. Eunice Oliveira é natural de Curitiba, iniciou seus estudos de dança no Curso de Danças Clássicas da Fundação Teatro Guaíra em 1975 e ingressou no Balé Teatro Guaíra em 1980. Participou de vários Ateliers Coreográficos, destacando-se os trabalhos “Últimos Momentos”, “Quatro Instantes” e “Canções da Alma”. No ano de 1993 deixou o Brasil para dançar na Alemanha, inicialmente na cidade de Gelsenkirchen sob a direção de Bernd Schindówski e, mais tarde, em Nordhausen com o coreógrafo Henning Paar nas temporadas 97/98 e 98/99 e Birgit Relitzki, 99/00.No Musiktheater Im Revier Gelsenkirchen colaborou com criação coreográfica na obra La Belle et la Bète (A Bela e a Fera), sobre a ópera de Phillip Glass e o Filme de Jean Cocteau e sob a direção de B. Schindówski. No Stadttheater Nordhausen participou das três Oficinas Coreográficas realizadas com os trabalhos “In Your Hands”, “Em Louvor e Gratidão”, “Notre Amour” e “Three of a Kind”. Coreografou também duas peças para teatro. Uma delas para o público infantil, “Heinrich V” de Ignace Cornelissen, dirigida por Simon van Paris e, a segunda, um musical ao estilo de Teatro de Revista, “Kleiner Mann, was nun?” de T.Dorst e P.Zadek, dirigido por Christoph Kirst. Retornou ao Brasil e ao Centro Cultural Teatro Guaíra em 2001 , onde atua como ensaiadora no Balé Teatro Guaíra. No Atelier Coreográfico do Balé Teatro Guaíra realizado em 2007 criou a coreografia “Sem texto, sem contexto”. Ficha técnica: Coreografia e Cenário : Eunice Oliveira. Assistente de ensaio: Grazianni Cannalli. Figurinos : Ricardo Garanhani. Iluminação : Cleverson Cavalheiro. Músicas : Buena Vista Social Club/ Ed Côrtes/ James Newton Howard/ Matisyahu/ Matisyahu/ Thomas Newman/ Yael Nainn/ Yann Tiersen/ Zbigniew/ Preisner. Elenco : Ana Silva, Clionise Barros, Deisi Wor, Inês Drumond, Julio Mota, Leandro Nascimento, Rogério Halila. Bailarinos estagiários : Evandro MottaHadiji Naga, Marina Scandolara e Willian Lucas.

GALERIA DE IMAGENS