Grupos especiais apresentam resultados

As equipes das polícias Civil e Militar com treinamento especial falaram de suas atuações no Estado
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17/10/2005 - 17:11
Editoria
Os grupos especiais das polícias Civil e Militar do Paraná participaram do painel que abriu a jornada de palestras da 5.ª Conferência Executiva de Segurança Pública para a América do Sul da IACP, em Foz do Iguaçu, na manhã desta segunda-feira (17). O encontro, que segue até terça-feira (18), mobiliza mais de três mil profissionais do setor de vários países, em um grande intercâmbio de informações e de experiências. O painel “Forças especiais da segurança pública do Paraná” contou com a apresentação dos grupos Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial), Cope (Centro de Operações Policiais Especiais) da Polícia Civil e COE (Comando e Operações Especiais) e Rone (Ronda Ostensiva de Natureza Especial) da Polícia Militar. O delegado chefe do Tigre, Riad Braga Farhat, falou do trabalho realizado pelo grupo que hoje virou referência para polícias de outros países. De acordo com o delegado, em quinze anos de atuação, todos os casos de seqüestro, atendidos pelo Tigre, foram solucionados, com as vítimas libertadas em segurança e os criminosos presos. “Isso é resultado de muito trabalho e disciplina. Nossos policiais são preparados com excelência tanto física quanto psicológica. Os treinamentos são diários e seguem a doutrina mundial dos grupos especializados em resgate”, declarou Farhat. O delegado explicou que o grupo foi criado em 1990, depois de uma seqüência de seqüestros registrados no Paraná. “Na época, a idéia era a de preencher um espaço existente dentro da Polícia Civil, para uma equipe especializada em resgate de reféns”, informou Farhat. De acordo com ele, hoje, o grupo trabalha especificamente em casos de roubo, cárcere privado, extorsão mediante seqüestro e rapto – sempre quando há reféns envolvidos com ou sem pedidos de resgate. “Além das ações de resgate, os policiais também dão apoio a outras unidades da Polícia Civil em operações de alto risco”, completou. Cope – O segundo grupo a se apresentar foi o Centro de Operações Policiais Especiais. O delegado operacional do Cope, Marco Antônio de Góes Alves, também apresentou a unidade para mais de 50 policiais que assistiam ao painel. Entre eles polícias de vários Estados brasileiros e até de outros países. “Cabe ao Cope o combate a assaltos a bancos, a carros-fortes e a joalherias, o furto e roubo de cabos de telefonia e transmissão de energia. Também a contenção de rebeliões em cadeias, o gerenciamento de crises, o atendimento a ocorrências que envolvam policiais civis e o apoio às delegacias de Polícia no Estado do Paraná” explicou Alves. Ele falou ainda dos resultados positivos obtidos pela unidade. “O número de assaltos a carros-fortes, joalherias e agências bancárias no Paraná praticamente zerou com a atuação do Cope. Esses resultados são a maior recompensa que poderíamos ter”, completou. PM – O COE (Comandos e Operações Especiais) da Polícia Militar foi apresentado pelo subcomandante da unidade, tenente Márcio Valim de Souza.. “O Coe é considerado um grupo de elite da Polícia Militar do Paraná e foi criado em 1988 para agir exclusivamente em situações consideradas de alto risco”, disse. Souza explicou que, para o sucesso das ações, os policiais que integram o grupo são escolhidos “a dedo”. “Além de cursos no Brasil, eles têm formação nos Estados Unidos em arrombamento tático, ações táticas em Israel, cursos antibomba feitos na Colômbia e especialização em negociação, feito na Argentina”, finalizou. O painel foi encerrado com a apresentação da Rone. O comandante do grupo, tenente Luís Fernando da Silva, ressaltou o empenho e disciplina dos policiais que integram o grupo. “Contamos hoje com policiais bastante disciplinados e que realmente valorizam o espírito de equipe. Isso ajuda a obter um sucesso ainda maior nos serviços prestados pelo grupo”, informou. De acordo com o comandante, além de diversos cursos de especialização, “os policiais passam ainda por treinamentos diários e semanais”, explicou Silva.

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