As grades que cercavam o Palácio Iguaçu desde fevereiro de 2000 foram retiradas na noite de segunda-feira (17), concretizando um dos compromissos de campanha do governador Roberto Requião. A Secretaria de Obras decidiu realizar a operação à noite para evitar tumultos e congestionamento no trânsito da região. Além disso, o ato político imaginado por movimentos populares retardaria a retirada. Apenas as grades que cercam o Palácio Iguaçu foram retiradas, totalizando 350 metros. O custo da operação foi de R$ 5 mil, o que dispensou uma licitação. “Ocorreu a retirada de entulho que estava atravancando a democracia”, explicou o diretor-presidente do Departamento Estadual de Construção e Obras e Manutenção (Decom), Cezar Benoliel. O material retirado será guardado no Batalhão Coronel Dulcídio até que haja uma destinação para o mesmo. Segundo Benoliel, “as grades são do povo do Paraná e é ele que tem que decidir o que fazer”. Cerca de dez funcionários realizaram o serviço, que durou toda a noite. As grades foram instaladas depois que membros do Movimento Nacional dos Sem-Terra (MST) montaram um acampamento na Praça Nossa Senhora da Salete, há três anos. Com receio de que o ato se repetisse, o governo anterior decidiu por isolar a região com as grades, privando a população do acesso à praça.