Governo reduziu gastos com cartão corporativo mesmo com aumento da folha

Crescimento de 77% no número de servidores não impediu que se gastasse menos por meio do cartão corporativo
Publicação
18/10/2007 - 17:22
Editoria
O secretário-chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, rebateu nesta quinta-feira (18) as dúvidas da bancada de oposição na Assembléia Legislativa sobre uso de cartão corporativo com números que revelam a diminuição dos gastos na comparação com a administração anterior. “Os valores gastos em 2004, por exemplo, são menores que os de 2002. E a comparação não leva em conta o aumento de 77% no número de servidores estaduais ocorrido a partir de 2002”, afirmou. O secretário ressaltou que naquele ano o Estado tinha 90 mil funcionários e 160 mil atualmente. Iatauro esclarece que a oposição destacou como despesas de diárias o uso do cartão para pagamento de serviços e que os gastos só ultrapassaram os valores anteriores a 2003 quando houve o reajuste da tabela de diárias, em 2005. “Ainda assim, os recursos destinados a tal finalidade são menores se for levado em consideração o número maior de usuários”, salienta. Entretanto, o secretário ressalta que o orçamento para diárias saltou de R$ 12 milhões em 1999 para R$ 23 milhões em 2000, e alcançou R$ 31 milhões em 2002. Mesmo com maior número de usuários e sem levar em consideração qualquer correção monetária, o Governo do Estado gastou menos em 2004 (R$ 26 milhões), inclusive na comparação com o primeiro ano da atual administração, 2003, ano em que se gastou menos (R$ 30 milhões) que o último ano da gestão anterior. “Os números vêm do mesmo banco de dados utilizados pela liderança da oposição. Entretanto, assim como os pedidos de informação já respondidos a oposição parece querer omitir dados do momento histórico em que eram a base do Governo”, disse. O secretário lembrou que não é a primeira vez que a oposição faz interpretações equivocadas sobre os dados que o Governo do Estado disponibiliza justamente para transparência das contas públicas e que todos os pedidos de informação da bancada de oposição encaminhados para a Casa Civil foram respondidos. “Mesmo aqueles que foram mal formulados”, completa Rafael Iatauro.

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