Governo quer a reabertura da Santa Casa de Paranaguá

Fechamento da instituição foi avaliado por lideranças do município e o chefe da Casa Civil, Caíto Quintana
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03/06/2004 - 00:00
Editoria
Representantes da sociedade organizada de Paranaguá foram recebidos nesta quinta-feira (03) pelo chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, a quem pediram a ajuda do governo do Estado para solucionar o problema do fechamento da Santa Casa de Misericórdia local. O diretor-geral da Secretaria Estadual de Saúde, Carlos Manuel Santos, também participou da reunião. O hospital foi fechado nesta quinta-feira (03) devido à falta de recursos para manutenção. A prefeitura de Paranaguá deixou de repassar os R$ 120 mil mensais à instituição. “O que está ocorrendo é um irresponsabilidade. A população não pode ficar desamparada”, defendeu Quintana. O chefe da Casa Civil disse também que o governador Roberto Requião tem um carinho especial pela cidade e que o governo vai encontrar uma solução. “Estamos estudando os meios jurídicos e financeiros para resolver o problema”, informou Quintana, que nesta sexta-feira (04) vai levar a questão ao governador e ao procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda. O governo - acrescentou o chefe da Casa Civil - tem feito a parte que lhe cabe para a manutenção da Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá e vai tomar outras medidas necessárias para controlar a situação. “Temos de estar preocupados em manter o funcionamento do local. Intervenção não é punição, mas solução. Vamos avaliar alternativas. Esta foi uma determinação do governador”. Segundo Carlos Manuel Santos, atualmente o governo repassa em torno de R$ 60 mil em materiais e medicamentos à Santa Casa de Paranaguá. “Há uma concorrência licitatória em curso para que sejam repassados R$ 360 mil para seis meses. Mas, paralelamente, estamos vendo o que é possível repassar de outros hospitais”, afirmou o diretor-geral da Secretaria de Saúde. Como a Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá é uma instituição com 168 anos, a primeira do Paraná e segunda do Brasil, existe a hipótese de se pedir ajuda ao Ministério da Cultura para a reforma do prédio. Outra questão que será analisada é a da gestão do hospital. A Santa Cada atende à população de sete municípios da região e chega a dar assistência, durante o verão, a cerca de um milhão de pessoas.