Governo pede na Assembléia redução do pedágio no Paraná

Bancada do governo na Assembléia Legislativa diz que, com referencial obtido no leilão, é hora de revisar os preços nas praças paranaenses
Publicação
10/10/2007 - 17:56
Editoria
O governo do Paraná propôs nesta quarta-feira (10) na Assembléia Legislativa a revisão no preço das tarifas cobradas nas 27 praças de pedágio das rodovias federais que cortam o Paraná. “Temos agora um referencial de quanto são abusivos as tarifas praticadas pelas concessionárias que exploram os 2,4 mil quilômetros de rodovias federais pedagiadas no Paraná”, explicou o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli, líder do Governo. “O novo leilão provou que o vencedor ofereceu o menor preço, um preço justo aos usuários das rodovias federais que cortam o litoral. O preço é uma vitória de uma licitação conduzida de forma que pode ter seu serviço oferecido pelo menor preço. Venceu aquele que fez a menor proposta”, completou. Romanelli argumentou que os novos leilões provam que o governador Roberto Requião está “mais do que correto” na sua luta pela redução dos pedágios. “Construímos mais de cinco mil quilômetros de rodovias sem pedágio e estamos construindo estradas alternativas às rodovias federais pedagiadas. Não podemos mais sangrar a economia do Estado. As concessionárias já faturaram R$ 3,5 bilhões e investiram na manutenção somente 30% desse montante”, disse. EXPLICAÇÕES - Os defensores do pedágio, segundo Romanelli, vão ter que explicar os preços abusivos praticados pelas concessionárias. “Agora tem um parâmetro muito interressante. A Assembléia vai retomar as discussões dos valores dos atuais pedágios”, disse Romanelli. “Vamos fazer isso através de projetos, isenções, mobilizando a população e pressionando as concessionárias pela redução das tarifas”, completou. A mesma defesa faz o líder do PT, deputado Elton Welter. “Com as novas taxas de pedágio para as novas estradas, os paranaenses vão começar a questionar o valor das tarifas cobradas no Paraná. O preço caiu sensivelmente e vai ajudar os usuários e o próprio setor produtivo”, disse. “É um absurdo que os paranaenses estão pagando de pedágio. De Curitiba a São Paulo, segundo o leilão, a tarifa será de R$ 1,02 a R$ 2,54, muito mais em conta do que a de Curitiba a Morretes que custa R$10,90”, disse o deputado Professor Luizão (PT). “O pedágio é um grande negócio no Paraná”, completou. CEI DO PEDÁGIO - O deputado Cleiton Kielse (PMDB), vice-presidente da CEI do Pedágio, disse que determinadas praças o lucro das concessionárias é acima de 60% do valor da tarifa. “Essa tarifa é totalmente descabida e chega a inviabilizar alguns setores da economia paranaense”, ressaltou. “O exemplo da redução das taxas pelo governo federal balizará a conclusão dos trabalhos da CEI da Assembleia. Vamos forçar um novo acordo com as concessionárias e pedimos o apoio de todos os deputados para isso”, disse Kielse. A próxima reunião da CEI, sem data marcada, vai ouvir os representantes das concessionárias. A comissão fará um levantamento da composição das tarifas do pedágio, do quanto é arrecadado e para onde são destinados os recursos. A comissão é formada por Fábio Camargo (PTB), presidente; Cleiton Kielse (PMDB), vice-presidente; Plauto Miro (DEM), relator; e os deputados Ney Leprevost (PP), Fernando Ribas Carli Filho (PSB), Augustinho Zucchi (PDT), Miltinho Puppio (PSDB), Francisco Bührer (PSDB), Nereu Moura (PMDB), Artagão Júnior (PMDB) e Péricles Mello (PT).