Governo nomeia gerente de bacia hidrográfica na região de Ivaiporã

Nova gerente da bacia hidrográfica do alto Ivaí e Paraná 1 é Camila Fuzer Frederico
Publicação
29/10/2010 - 17:44
Editoria
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, e o presidente do Instituto das Águas do Paraná, João Lech Samek, nomearam nesta sexta-feira (22), em Ivaiporã, a nova gerente da bacia hidrográfica do alto Ivaí e Paraná 1, Camila Fuzer Frederico.
“Com esta gerência, interiorizamos o processo de tomada de decisões referentes às bacias hidrográficas. É um avanço na gestão dos recursos hídricos, pois teremos mais uma estrutura de apoio técnico na gestão das nossas águas”, declarou Callado.
O gerente de bacia hidrográfica exerce as funções de Agências de Água, secretaria-executiva do Comitê de Bacias Hidrográficas e descentralização do Órgão Executivo Gestor do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
“O gerente de bacia é responsável por implantar o sistema de alto Ivaí e Paraná I, de forma descentralizada e garantindo o monitoramento das águas subterrâneas e superficiais”, explicou Samek.
Entre as atribuições do gerente de bacias, está a execução das atividades de atuação do Instituto das Águas do Paraná, coordenação da elaboração e encaminhamento do Plano de Bacias Hidrográficas, participação na gestão do sistema estadual de informações sobre recursos hídricos em sua área territorial de atuação e a manutenção do cadastro de usuários de recursos hídricos.
Além disso, cabe à gerência coordenar a cobrança pelo direito de uso dos recursos na sua área de atuação e promover a participação dos municípios, usuários e da sociedade civil organizada, junto aos Comitês de Bacias Hidrográficas.
O coordenador de Recursos Hídricos da Secretaria, José Luis Scroccaro, disse que a bacia do Rio Ivaí é uma área preservada, mas com muitas atividades agrícolas. “O comitê deverá, juntamente com instituições e usuários, implantar um sistema para melhorar a gestão dos recursos hídricos da região”, falou.
Após a implantação do comitê de bacia, cabe à gerência elaborar um termo de referencia para execução do plano da bacia do Alto Ivaí, que corresponde a um diagnóstico para se ter conhecimento da situação atual do uso dos recursos hídricos na região, levando em consideração o diagnóstico do Plano Estadual de Recursos Hídricos.
“Na segunda etapa, o gerente deverá coordenar a elaboração de cenários futuros para se ter conhecimento ou prever ações para melhorar a gestão dos recursos hídricos e na terceira etapa executar o plano com programas, obras e ações a serem desenvolvidas na bacia”, disse Scroccaro.
AVALIAÇÃO – Cabe aos Comitês discutir assuntos de maior interesse da bacia, como medidas sugeridas pelo Plano Estadual, outorga de direito de uso dos recursos hídricos e o enquadramento dos corpos d´água – classificação por classes em níveis de qualidade da água, determinada pela resolução 357 do Conama.
O Comitê da Bacia do Piraponema, por exemplo, está na fase da elaboração do Plano da Bacia, segundo o presidente do comitê, o engenheiro civil Renato Antônio Dalla Costa. “Estamos trabalhando no combate à erosão do Rio Pirapó, e a recuperação de alguns lixões que foram desativados na região e ainda não passaram pelo processo de recuperação e continuam degradando o meio ambiente e comprometendo os recursos hídricos”, lembrou.
Com seis municípios em seu entorno, a Bacia do Jordão foi a primeira a finalizar o diagnóstico e o Plano de Bacias, que levantou os principais problemas da região, como o depósito dos resíduos sólidos e esgoto. Segundo o presidente do Comitê do Jordão, Mauro Battistelli, com o Plano de Bacias concluído, os resultados aparecem.
“Tivemos resultados muito positivos com investimentos públicos e dos grandes usuários, como a implantação do aterro de Guarapuava, Reversa do Iguaçu e Pinhão e as estações de tratamento de esgoto em Guarapuava e Candói. Merece destaque o esforço dos grandes usuários em tratar seus efluentes, e a manutenção do grande corredor ecológico do setor energético que reconstitui 100metros de mata ciliar em 45km do rio”, informou.
Na Bacia Paraná 3, que abrange 27municipios com uma população total de 1 milhão de habitantes, o presidente do Comitê e chefe regional da Secretaria em Toledo, Adir Airton Parizoto, lembrou a importância das parcerias para a consolidação dos comitês. “Estamos elaborando o Plano de Bacia com a colaboração da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), que foi contratada pela Itaipu, participante ativa do Comitê e investidora no Plano”, declarou.