Governo investe em perícia médica aos servidores

Segundo a Secretaria da Administração e Previdência, valorização da atividade vai evitar custos desnecessários
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12/11/2003 - 00:00
Editoria
O governo está investindo na estruturação do setor de perícia médica do Estado para reduzir custos com afastamentos e garantir o tratamento efetivo dos problemas de saúde que exigem a concessão de licenças aos servidores. Eventos realizados esta semana em Curitiba fazem parte do esforço de modernização coordenado pela Secretaria da Administração e da Previdência. “Encontramos o setor sucateado, sem estatísticas e critérios para conceder afastamentos justos tanto do ponto de vista dos servidores como do Estado, que garante salários integrais a quem está de licença”, revela o secretário Reinhold Stephanes. Depois de um dia de treinamento pelos dirigentes do setor, os peritos participam, nestas quinta e sexta-feiras, 13 e 14, do congresso estadual da categoria. Diretora do Departamento de Recursos Humanos da secretaria, Sônia Schober conta que o governo investiu inclusive na participação dos técnicos do Interior nesses eventos. “Com isso estamos provendo a integração e a atualização da equipe, especialmente no que se refere aos diagnósticos e exigências legais do processo de concessão de licenças”, ressalta. Ao todo, a Divisão de Medicina e Saúde Ocupacional (Dims) da Secretaria, reúne 16 peritos em Curitiba e mais 27 no Interior. “Tendo em vista o alto custo que o Estado tem com os afastamentos, vamos promover dois eventos por semestre para aumentar a qualificação do nosso pessoal”, afirma Marilda Zauer Guimarães, que assumiu a chefia da divisão no início do ano. Conforme a médica, o setor ainda está organizando um banco de dados, levantando números sobre os motivos das licenças e estabelecendo padrões criteriosos de diagnóstico e concessão das licenças. “Já identificamos casos de afastamento com prazos maiores que o necessário e a recorrência ou agravamento de doenças por falta de tratamento”, comenta. Esses casos, acredita, devem ser evitados com a redefinição de critérios e a integração com o Sistema de Assistência à Saúde (SAS) que atende os servidores.