Governo federal deve financiar melhorias no Laboratório de Emissões Veiculares do Lactec

Superintendente do Lactec, Aldair Rizzi, apresentou projetos na área de energias alternativas e renováveis
Publicação
17/08/2007 - 16:24
O diretor-superintendente do Lactec, Aldair Rizzi, entregou ao ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, na terça-feira (14) em Brasília, uma carta com projetos do instituto na área de energias alternativas e renováveis, como contribuição do Paraná para o crescimento e desenvolvimento do Brasil. De acordo com Rizzi, que participou da reunião como integrante do Conselho Deliberativo do CNPq, uma proposta em especial chamou a atenção do ministro: o projeto de capacitação tecnológica do Laboratório de Emissões Veiculares do Lactec. O centro, que já é um dos mais modernos da América do Sul para o setor automotivo, vai receber incentivo federal para modernização. “O Ministério de Ciência e Tecnologia tem grande interesse em preparar o laboratório com todas as adaptações necessárias aos novos desafios tecnológicos que o Brasil vai enfrentar na área de energia automotiva e de biocombusíveis”, afirma Rizzi. Com novos investimentos, o Lactec vai estar pronto para atender à Resolução 315 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que estabelece limites para a emissão de poluentes por veículos pesados. A resolução passa a vigorar a partir de 2009. Rizzi afirma que o projeto vai gerar grandes investimentos federais no Lactec. “São investimentos significativos, que têm altos valores envolvidos e que podem ser um referencial para o Brasil, na medida em que a modernização do laboratório vai potencializar uma capacidade e competência já estabelecida no cenário tecnológico nacional”, diz. O CNPq já articula, junto com os institutos de pesquisa e as universidades, a apresentação de uma proposta do Paraná. “Esse projeto pode deixar o Estado novamente na frente na área de renovação tecnológica, porque não existe nenhum outro laboratório no Brasil com capacidade de suprir as necessidades impostas pela resolução do Conama”, explica o diretor. Rizzi esclarece que a boa aceitação dos projetos paranaenses pelo Ministério da Ciência e Tecnologia é resultado das políticas de incentivo do Governo Estadual, desde o início de 2003. “A minha indicação para o Conselho Deliberativo do CNPq é um respaldo do trabalho desenvolvido pelo Governo Requião na busca da reorganização do sistema de Ciência e Tecnologia no Paraná”, afirma A participação do Estado nas questões de C&T em âmbito nacional tende a crescer a partir de agora, segundo Rizzi. “Não resta dúvida de que a participação de um paranaense em um ambiente com todos os definidores das políticas nacionais vai contribuir para que as questões vinculadas ao desenvolvimento científico e tecnológico do Paraná possam ser levadas a frente, trazendo maiores benefícios ao desenvolvimento regional”, ressalta. As principais questões levadas pelo Conselho Deliberativo do CNPq ao ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, foram a descentralização dos recursos federais – mais da metade do orçamento vai atualmente para a região Sudeste – e a integração dos institutos de tecnologia com as universidades.