O vice-governador Orlando Pessuti e o presidente da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), Rafael Greca, reuniram na quinta-feira (10), em Maringá, cerca de 300 lideranças políticas das regiões Norte, Noroeste, do Vale do Ivaí e da região Central para explicar o projeto de inclusão de cidades com menos de 50 mil habitantes no “Minha Casa, Minha Vida”, pelo projeto Imóvel na Planta.
Nesse projeto, elaborado pela Cohapar em parceria com Caixa Econômica Federal, as moradias são financiadas pela Caixa. “A ideia é colocar à disposição do programa habitacional do Governo Federal os terrenos que estão em poder da Companhia para a implantação das moradias nos municípios dessas regiões. São áreas com documentação cartorial já definidas e, através de contratos, serão repassadas ao programa para que as prefeituras possam realizar as licitações e iniciar as obras, com os projetos urbanísticos elaborados pela equipe da Cohapar”, detalhou Greca.
Segundo o vice-governador, esse encontro, somado aos que aconteceram nas regionais de Londrina, Cascavel e em municípios da Região Metropolitana de Curitiba, “tem por objetivo criar uma força-tarefa, onde o Governo Estadual - através da Cohapar, Sanepar, Copel, secretarias do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Urbano - junto com o Governo Federal e municípios se unam para que se possa implementar o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ em todo o Estado.”
IMÓVEL NA PLANTA - O sistema construtivo para a implantação do programa é o de Imóvel na Planta, já utilizado pela Caixa Econômica. Os recursos são provenientes dos créditos do “Minha Casa, Minha Vida”, concedidos pelo governo Federal ao Paraná. Pelo programa, a Cohapar elabora o projeto urbanístico e arquitetônico para a prefeitura com tamanhos de casas que variam de 40 a 63 metros quadrados, com modelos diferentes. Por esse sistema, os mutuários terão até 25 anos para pagar as prestações que vão de 20% a 30% da renda familiar.
Pessuti pontuou ainda que o importante é viabilizar o maior número de casas o mais rápido possível. “Vamos colaborar, por meio da Cohapar, com o encaminhamento dos contratos, na elaboração dos projetos, orientação e acompanhamento técnico, em tudo que se fizer necessário, para agilizar a proposta. O Governo do Paraná quer construir casas aos paranaenses, aproveitando ao máximo os créditos do Minha Casa destinados ao nosso Estado”, salientou o vice-governador.
ESTÍMULO – De acordo com Greca, a reunião visa estimular os prefeitos a participar desse novo tipo de programa da Cohapar, onde a Companhia deixa de ser o agente construtor para ser organizadora. “Nós fazemos os projetos de engenharia, arquitetura e urbanismo, a prefeitura faz a licitação da obras e o governo Federal paga”.
O superintendente regional da Caixa Econômica de Maringá, Fábio Carnelós, salientou que o encontro levou aos prefeitos uma alternativa para um grande problema que enfrentam, que é a demanda por habitação. “Vamos aproveitar os terrenos já existentes e levar os benefícios do Minha Casa Minha Vida ao maior número de municípios possível e atender uma população que precisa desses subsídios para viabilizar a casa própria.”
Para o presidente da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), Gilmar Silva, este projeto vai ao encontro das necessidades dos municípios. “Foi apresentada uma proposta à altura das reivindicações dos prefeitos de toda a região”, comentou.
Também participaram do encontro o secretário de Estado do Planejamento, Enio Verri, os deputados estaduais Luiz Cláudio Romanelli, líder do governo na Assembléia, e Teruo Kato, além do prefeito de Maringá, Ricardo Barros.