Governo entrega para 54 famílias casas com prestações de R$ 50,00

As famílias são do município de Lobato, Norte do Paraná, com renda mensal de um salário mínimo
Publicação
05/06/2009 - 17:50
Editoria
O vice-governador Orlando Pessuti e o presidente da Cohapar, Rafael Greca, entregaram nesta sexta-feira (5) mais um empreendimento no município de Lobato, região Norte do Estado, que recebeu investimentos de R$ 700 mil. São 54 casas destinadas a famílias com renda mensal de, preferencialmente, um salário, que pagam em média R$ 50 durante seis anos – o que representa apenas 12% do rendimento. “Esses investimentos em Lobato mostram que nós queremos levar moradia digna proporcionando uma melhor qualidade de vida a essas famílias e estabelecendo-lhes a cidadania. A moradia é uma das nossas ações mais importantes. É a demonstração de que o governo do Paraná valoriza a construção de casas no interior do Estado”, frisou Orlando Pessuti Para garantir os baixos valores das prestações, as moradias são subsidiadas pelo Governo Federal, através do Ministério das Cidades, e pelo Tesouro Estadual, por meio da Cohapar. “Fazemos economia, gestão comunitária das obras, mas, mais que tudo, temos a vontade política do governador Requião, que é a opção preferencial pelos mais pobres”, explicou Greca. As famílias também passam a ser incluídas nos programas sociais da Luz Fraterna e da Tarifa Social, do Governo do Estado, nos quais a tarifa de energia não é cobrada e a tarifa de água e coleta de esgoto custa em média R$ 7,00. “Os investimentos feitos em Lobato representam o respeito pela população do interior e pelos mais humildes, que recebem as casas como propriedade sua e registram com capricho a marca das suas próprias mãos. Esse foi o caso do jovem Fábio, que pintou várias casas deste conjunto, inclusive a dele”, enfatizou o presidente da Cohapar. REALIZANDO SONHO – O pintor Fábio Alves dos Santos, 29 anos, e a esposa Eliane Franciele Dionízio dos Campos, 26 anos, e os três filhos (8 e 4 anos, mais um bebê de seis meses) vão sair de onde moram, nos fundos da casa do pai dele para entrar na casa própria. “Eu trabalhei nessa obra como pintor de nove casas, e fiz questão de pintar a minha. Em todas tive o mesmo capricho, porque sabia que em cada casa estava o coração de uma família como a minha. Cheia de esperança”, lembra Fábio. Desde que casaram há 10 anos, eles vivem no terreno do pai dele. A casa está cheia de infiltrações e chove dentro. “Não vejo a hora de mudar daqui. Me dou muito bem com meu sogro e sogra, mas sempre sonhamos em ter nosso canto. Jamais teríamos condições de construir ou comprar uma casa. Estou tão feliz que já mandei fazer as cortinas e comprei um triliche para o quarto das crianças”, conta Eliane. A casa onde moram tem três peças pequenas, sala, cozinha e o quarto onde dorme o casal e os filhos. “Esse vai ser o encanto da minha vida. A minha felicidade”, exclamou Maria Farias da Silva, 60 anos, viúva. Ela mora com o filho Reginaldo, de 28 anos. Maria paga R$ 130 de aluguel, mais água e luz. Foi trabalhadora rural (bóia-fria) desde criança. “Ainda não consegui aposentadoria. Só recebo a pensão do marido, que também trabalhava na lavoura”, relata Maria, completando que o filho (único), trabalha numa indústria de laticínios da cidade. “Isso ajuda a pagar as contas e comprar comida”, diz. “Eu não estou aguentando de vontade de entrar logo na casa. Parece um sonho. É tão linda. Tão diferente de todas as casas que já morei. É como se minha vida estivesse começando. A minha primeira noite lá vai ser um sonho. Finalmente vou ter paz, segurança e conforto”. A casa de Maria é úmida, sem ventilação, sem forro e com fios elétricos expostos. “Estou apaixonada pela minha casa. Ia quase todos os dias lá para ver quanto faltava para ficar pronta”, diz Eliane. “Eu deixei nossa casa do jeito que queríamos. Ganhei as tintas, o grafeato (massa especial para fazer a decoração das paredes), e as molduras de gesso. Também coloquei o piso e box no banheiro. Até os filhos estão ansiosos para irem para a nova casa”, afirma Fábio. São moradias com 40 metros quadrados, totalmente em alvenaria, telhas de cerâmica, forradas, com dois quartos, sala, cozinha com pia, banheiro com as louças sanitárias e chuveiro, área de serviço com tanque de roupas e uma pequena varada. LOBATO - Há um ano, a Cohapar entregou, também em Lobato, outras 76 moradias pelo sistema de hipoteca, que beneficia famílias com renda entre 2 e cinco salários. Essas pagam valores de prestações (de R$ 109,00 e R$ 237,00, por um período de 20 anos) que variam de acordo com a renda, mas não ultrapassam 20% do rendimento mensal. São dois empreeendimentos que receberam recursos de mais de R$ 2 milhões, em casas que vão de 44 a 63 metros quadrados. Para o prefeito de Lobato, Fábio Chicaroli, este é um importante trabalho da Cohapar realizado em parceria com o governo federal e Município, que beneficia as famílias mais carentes com a casa própria. “A Cohapar vem fazendo a parte dela assim como o município e o governo Federal. Só com união conseguimos desenvolver o nosso Estado”.