Governo entrega casas em Tupãssi e em Jesuítas

Paraná tem mais R$17 milhões para construção de novas moradias no Oeste do Paraná
Publicação
10/07/2009 - 21:31
Editoria
O vice-governador Orlando Pessuti e o presidente da Cohapar, Rafael Greca, entregaram nesta sexta-feira (10) 70 unidades habitacionais em duas cidades da região Oeste do Paraná, investimento de mais de R$ 1,2 milhão. As novas moradias - 44 para famílias de baixa renda do município de Tupãssi, e outras 26 para moradores de Jesuítas, que ganham entre três e cinco salários - atenderão aproximadamente 350 pessoas. Os dois eventos contaram com as presenças dos deputados estaduais Nereu Moura e Ademir Bier, do deputado federal Moacir Micheletto, prefeitos e lideranças políticas da região. O vice-governador ressaltou que a determinação do governador Roberto Requião e do presidente da Cohapar, Rafael Greca, tem feito com que mais casas sejam construídas, beneficiando mais famílias que aguardam um momento feliz como este. Ainda segundo Pessuti, este é um governo que tem suas ações voltadas aos mais humildes. “Somos um governo que olha pela saúde de sua gente, que investe pesado na educação, na segurança, na moradia, nas estradas. Somos um governo para quem precisa de governo”, reforçou Pessuti. Para o presidente da Cohapar, esse também é um momento de grande alegria. “No momento estamos com mais de 9 mil casas em construção, sendo 4,5 mil na Região Metropolitana de Curitiba e o restante no interior do Estado. Isso significa que o governo do Paraná prossegue com seu programa de trabalhar pelos mais pobres e revela a vontade política que se une a favor do povo, porque temos um governo voltado para o lucro social, para o interesse social”. Mais casas - Atualmente o escritório regional da Cohapar em Cascavel que atende 51 municípios, possui obras em sete empreendimentos de hipoteca nas cidades de Assis Chateaubriand, com 46 unidades, em Cafelândia com 153, Guaíra (35), Maripá (52), Palotina (57) e Vera Cruz do Oeste com dois canteiros de obras, sendo um com 20 e outro com 27 moradias. Na modalidade de caução, para famílias de baixa renda, a Cohapar de Cascavel está construindo em Braganey (51), em Cascavel dois empreendimentos com 218 e 70 casas, Jesuítas (110), Maripá (39), Nova Aurora (38) e Ibema (36) moradias. Ao todo serão 982 novas moradias, das quais 592 beneficiarão famílias com renda de até três salários mínimos. As demais 390 serão destinadas às pessoas que recebem entre três e cinco salários. O valor do investimento desses empreendimentos chega a quase R$ 17 milhões para atender perto de cinco mil pessoas com a casa própria. Parceria - O prefeito de Tupãssi, José Carlos Mariussi, destacou que a entrega das 44 moradias tornou o dia especial. “Esse dia ficará marcado na memória da cidade e de cada família. A casa própria significa melhoria na qualidade de vida e dignidade para quem nela vai morar. A partir desse dia, essas famílias passam a ter o seu endereço. Nos sentimos muito honrados de fazer parte dessa parceria com a Cohapar e a Caixa Econômica Federal, em benefício do nosso povo”. Em Jesuítas, onde além das 26 casas de hipoteca, a Cohapar está construindo outras 110 para famílias carentes, o prefeito Aparecido José Weiller Junior lembrou que há 17 anos o município ficou sem investimento em habitação. “Coincidentemente a última vez que Jesuítas recebeu um conjunto habitacional, foi em 1992, no primeiro mandato do governador Requião, quando meu pai era prefeito. Hoje a história se repete comigo. Fico muito feliz em participar desse momento porque não estamos apenas entregando 26 casas. Estamos entregando dignidade. Estamos incluindo socialmente essas pessoas que tanto contribuíram para o progresso e o desenvolvimento desta cidade”. Novo começo – “Parece que nossa vida vai começar agora”, disse o marceneiro Dinael Carlos Pimentel, morador de Jesuítas. Ele conta que não vê a hora de mudar para sua nova casa. Casado há 10 anos com Márcia Pimentel e com um filho de 10 anos, eles sempre moraram de favor. Primeiro como caseiros, depois nos fundos de uma igreja que foi cedida para a família e agora, com os pais dele, onde montaram uma pequena marcenaria há poucos meses. A esposa Márcia, é balconista numa farmácia. Ele diz que o aluguel é muito caro na cidade, mas nunca foi possível comprar ou construir uma casa para a família. “É uma felicidade muito grande fazer parte desse programa. É uma oportunidade única na vida e um sonho para todo pai de família. Estamos nessa expectativa desde o cadastramento. Depois com a seleção e a documentação e por fim, com a construção da casa. Eu acompanhei a obra desde o primeiro tijolo colocado. Fui planejando nossos móveis e eu mesmo vou fazer, de acordo com o espaço da casa, para deixar tudo combinando. Estamos vivendo esse sonho com muita alegria”. Para o casal Valdecir Heleno dos Santos e Roseli Maximiniano dos Santos, viver de aluguel é um grande prejuízo. Eles não tem filhos e vivem numa casa de madeira precária, pagando R$ 180 de aluguel. Estão casados há 21 anos. Ele é frentista de um posto de gasolina e ela agente de saúde. Vão morar numa casa de 40 metros em Jesuítas. “Desde que casamos, sonhamos com um momento como este. Viver de aluguel é viver inseguro, sem ter certeza do amanhã”, comenta Valdecir. “Além disso, não se pode deixar a casa do nosso gosto, arrumar, ampliar, reformar, pintar, porque não é da gente”, completa Roseli, ao mostrar que já está encaixotando a mudança, para ir morar na casa própria assim que receber a chave. Em Tupãssi, Sebastião Bonetti, 51 anos, mora com a mãe, Ana Cordeiro de Souza, de 102 anos. Muito lúcida ela fala que está feliz pelo filho que finalmente vai ter sua casa. “Quando cheguei aqui, era só mato. Hoje a cidade cresceu e a vida ficou mais fácil”, lembra. Dona Ana tem muitos bisnetos e já perdeu a conta de quantos tataranetos tem. Só o filho Sebastião vive com ela. Ele ficou viúvo há três anos. Teve nove filhos, dos quais cinco são falecidos. “Esse é um momento de muita felicidade, nós nunca tivemos condições de ter uma casa boa. Sempre trabalhamos no campo e como a família era grande, tudo era muito difícil. Mas hoje podemos comemorar esse presente que estamos recebendo. A mãe vai continuar aqui no cantinho dela. Ela tem essa área desde que chegou à cidade e não quer sair. Mas para mim e os filhos é uma nova experiência que começa”, comemorou Sebastião.

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