Governo e universidades discutem avaliação


Reitores apresentam projetos de pesquisa que são realizados em cada universidade
Publicação
20/01/2004 - 00:00
Reitores das cinco universidades estaduais apresentaram na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), segunda-feira (19), um resumo dos projetos realizados nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. O objetivo é subsidiar a elaboração de um programa paranaense de avaliação institucional que possa auxiliar no planejamento e na tomada de decisões não só por parte do Governo do Estado como também pelas próprias universidades. O programa possibilita ainda uma maior articulação entre as instituições de ensino superior. O programa de avaliação institucional deverá ser implementado ainda em 2004, segundo a Coordenadoria de Ensino Superior da SETI, e os dados referentes às universidades (alunos, professores, funcionários, regime de trabalho e cursos, entre outros) estarão disponíveis em um sistema único de informações. Conforme o secretário Aldair Rizzi esta é a primeira vez que as universidades estão construindo, em parceria com o Governo do Estado, um programa com essas características. "Este será mais um mecanismo de aperfeiçoamento das universidades", disse. A formatação do programa deverá ser concluída no primeiro semestre deste ano e será acompanhada de conferências e palestras sobre a produção acadêmica nas cinco universidades públicas. No encontro realizado na Secretaria, os reitores iniciaram as discussões apresentando um panorama dos principais projetos, principalmente os voltados ao atendimento da comunidade – crianças e adultos carentes, agricultores, empresas, prefeituras e entidades regionais. Projetos – A reitora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Lygia Pupatto, explicou que a instituição possui atualmente 59 projetos de ensino e 196 de extensão. Um deles está sendo analisado pelo Programa Fome Zero, do governo federal, e pesquisa o desenvolvimento de um produto a base de carne de frango, de baixo custo e que dispensa a refrigeração. A reitora citou ainda o trabalho da Incubadora Tecnológica (INTUEL), que desenvolveu videogames para exportação, e o Disk-Proteção (0800-400-8090), voltado ao atendimento de crianças e adolescentes. A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que possui 68 grupos de pesquisa em 218 linhas que abrangem quase todas áreas do conhecimento e atendem a 17 municípios da região dos Campos Gerais. Na área da saúde, por exemplo, há o programa de produção de medicamentos fitoterápicos e o de análise de alimentos, que beneficiam a agroindústria da região. A Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), inicia o ano de 2004 com a previsão de implantação de quatro mestrados e dois doutorados próprios. "São mais de 200 projetos de pesquisa em desenvolvimento, 40 % dos quais nas áreas de Ciências Humanas e Aplicadas", informou o reitor Carlos Roberto Gomes. Na Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste – o número de projetos de pesquisa cadastrados é de 580. Segundo o reitor Ricardo Rocha, a instituição possui parcerias não só com outras instituições de ensino superior como também com a Itaipu, Copel, Sanepar e Embrapa. A Universidade Estadual de Maringá – UEM – apresentou o número de 405 projetos de pesquisa cadastrados. Para o vice-reitor da Universidade Estadual de Maringá, Ângelo Priori, é importante incentivar projetos coletivos e não individuais, para que aumente o número de pessoas envolvidas em um único projeto. Os reitores terão agora que enviar para a Secretária um relatório com o resumo dos dados básicos sobre os projetos de pesquisa e de extensão desenvolvidos - número de grupos de pesquisa, professores e alunos envolvidos, produtos e produção acadêmica, entidades parceiras. A partir disso será iniciado o processo de discussão e sistematização das informações.