Governo e municípios cobram ações ambientais de grandes geradores de resíduos

A reunião teve como principal objetivo a cobrança e soluções ambientais para a efetivação de uma política de recolhimento dos resíduos gerados no Estado.
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15/04/2010 - 18:20
Editoria
A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos reuniu na tarde desta quinta-feira (15), em Curitiba, os grandes geradores de resíduos, técnicos do Programa Desperdício Zero e representantes dos 22 municípios paranaenses que mais geram resíduos, o chamado G22. A reunião teve como principal objetivo a cobrança e soluções ambientais para a efetivação de uma política de recolhimento dos resíduos gerados no Estado.
Para o coordenador de recursos sólidos da Secretaria, Laerty Dudas, a Secretaria vem desenvolvendo um trabalho de chamamento com representantes de diversos setores para possa concretizar uma política de recolhimento eficaz nos municípios paranaenses.
“Conseguimos importantes avanços mas para a verdadeira efetivação dessas ações precisamos contar com o apoio das empresas responsáveis que geram esses resíduos no Estado”, destacou Dudas.
Portanto, durante todo o dia os representantes das empresas receberam informações e reivindicações dos 22 municípios paranaenses – considerados os pólos responsáveis pelo maior volume de destinação de resíduos - quanto ao recolhimento de pneus, materiais de informática, isopor e vidros.
“Essas são as principais dificuldades que temos enfrentado em nossos municípios, às vezes, os próprios revendedores de informática, por exemplo, nos procuram para saber a destinação correta e não sabemos informar” comentou o secretário municipal do meio ambiente de Maringá, Diniz Afonso.
Já o representante da Associação Técnica Brasileira da Indústria Eletro Eletrônica (Abinee), Denis Chequer Angher, comentou durante a reunião que já foi apresentado um plano onde constam os pontos de coletas para sucatas do setor de informática, mas reconhece que falta divulgação desses pontos.
“O interesse dos municípios e do Governo do Estado é o mesmo que o nosso, por isso devemos delinear algumas ações conjuntas para evitar que esses passivos comprometam o meio ambiente”, destaca o representante.
Um dos setores que foi mais discutido e que apresenta uma demanda maior é o da destinação dos pneus nos municípios paranaenses. Os representantes do G22 reclamaram sobre a falta de periodicidade no recolhimento dos resíduos nos municípios de Tamarana, Apucarana, Terra Rica, Paranavaí e Santa Cruz do Monte Castelo.
O gerente geral da empresa responsável pelo recolhimento dos pneus, a Reciclanip, César Faccio, explica que o trabalho de recolhimento de pneus é realizado em todo o território nacional e que no estado do Paraná, principalmente, tiveram alguns problemas porque dependem do principal receptor desse material que é o Cimento Votorantim.
Segundo ele os maquinários da empresa que estão localizados no município de Rio Branco do Sul estão passando por constantes adequações e, conseqüentemente, param de funcionar.
“O atraso neste recolhimento é devido a essas constantes paradas mas mesmo assim estamos efetuando o recolhimento e destinando para outros estados”, destaca Faccio.
DADOS – O representante destaca ainda que só no Brasil, em 2009, foram destinados mais 250 mil toneladas e 70% deste valor são utilizados como matéria-prima nas indústrias cimenteiras. A expectativa é que este número chegue a 310 mil toneladas até dezembro de 2010.
No Paraná duas novas empresas passarão a utilizar os pneus inservíveis como matéria – prima. Em 2011 as empresas passarão a contar com o chip de borracha em suas produções onde serão triturados os pneus e utilizados.
Para o coordenador de recursos sólidos da Secretaria, Laerty Dudas, e todos os representantes do G22 a notícia foi muito bem aceita porque com isso irá contribuir para a redução no número de pneus destinados no meio ambiente.
A série de reuniões encerrou no final da tarde desta quinta-feira (15) com a participação do presidente da Associação Brasileira de Poliestireno Expandido – Isopor (EPS), Albano Schimidt, que avaliou como positivo o encontro e também acredita que foi dado o primeiro passo para solucionar os problemas.
“Saio da reunião extremamente feliz, pois percebi que a Secretaria está com um processo correto para solucionar o problema da destinação do isopor no Estado do Paraná”, finalizou Schimidt.

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