Pacientes com alguns tipos de câncer terão mais conforto no tratamento graças a um material que vem sendo desenvolvido pelo Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner (IBEG), ligado ao Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba, com apoio do governo estadual. São os catéteres totalmente implantáveis no organismo. Eles fazem o transporte de medicamentos e de nutrientes, entre outras substâncias, substituindo punções freqüentes dos vasos sangüíneos.
O projeto “Desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias para elevar a qualidade do processo produtivo de materiais biomédicos”, apresentado pela Liga Paranaense de Combate ao Câncer à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, tem recursos da ordem de R$ 500 mil do Fundo Paraná, gerido pelo órgão. Deste total, R$ 161 mil destinam-se à implantação de um Centro de Usinagem a Comando Numérico Computadorizado.
É dessa unidade que sairão os catéteres de pequeno porte, com aproximadamente 20g, de geometria altamente complexa, para uso adulto e infantil. A previsão do IBEG é produzir cerca de mil peças em 3D (três dimensões). Além disso, também está previsto, a partir do projeto apresentado pela LPCC, o desenvolvimento de outros produtos médico-hospitalares.
Conforme o superintendente do Hospital Erasto Gaertner, Luiz Anrtonio Negrão Dias, aproximadamente 400 pacientes com câncer precisam dos reservatórios para quimioterapia. No Brasil, eles chegam hoje a 2000. “O Paraná já é referência nacional na fabricação de móveis para hospitais, por que não pode ser também na produção de equipamentos biomédicos?”, questiona o superintendente.
Governo do estado apóia produção de catéteres
O material foi desenvolvido pelo Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner e é utilizado em pacientes com alguns tipos de câncer
Publicação
08/08/2006 - 14:58
08/08/2006 - 14:58
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