A política de ciência e tecnologia do governo do Paraná tem como uma de suas prioridades o apoio às chamadas “tecnologias sociais”, informou o diretor geral da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), economista José Moraes Neto. Convidado pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Moraes Neto falou sobre “Desafios para a Inovação Tecnológica” no III Seminário de Ciência, Pesquisa e Inovação Tecnológica, representando o secretário Aldair Rizzi, em Porto Alegre. Na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - disse o economista - as tecnologias sociais capazes de gerar renda e emprego estão sendo definidas em conjunto com as universidades estaduais. Uma delas diz respeito à formação de cooperativas populares, para atendimento das regiões que ficaram à margem do processo de desenvolvimento. Inovação - “A questão da ciência e da tecnologia é fundamental quando se quer pensar em desenvolvimento”, afirmou durante a palestra. “Hoje, a competitividade depende muito mais de fatores que são criados do que de dádivas da natureza, como os recursos naturais”. O diretor disse ainda entre esses fatores estão a inovação na forma de produzir e as novas técnicas de gestão de negócios, que são gerados dentro das empresas e também nas universidades e nos centros de pesquisa. Segundo Moraes Neto, para dar competitividade ao setor produtivo é necessário que haja uma intervenção do Estado, que pode ser por meio de ações de fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico das instituições de pesquisa públicas e privadas. “O processo de desenvolvimento da sociedade brasileira provocou nos últimos anos uma concentração muito grande da atividade econômica, exacerbando as desigualdades sociais. Por isso, é importante pensar nas tecnologias sociais como agentes de inclusão social”, alertou.