Na busca da melhor compra pelo menor preço, o governo Roberto Requião quebrou os monopólios no fornecimento de serviços de telefonia fixa e de transmissão de dados para a administração pública estadual. Com a realização de negociações e licitação inéditas na história do Paraná, as novas contratações vão gerar uma economia anual de R$ 6,6 milhões para os cofres públicos do Estado. “Isto é só um começo”, afirma o secretário da Administração e da Previdência do Estado, Reinhold Stephanes, ao anunciar os resultados para a partir de julho.
Durante o governo anterior - conta Stephanes - apesar do mercado de telefonia ter crescido com a privatização, criada justamente em nome da concorrência, a Embratel foi mantida como a única fornecedora de transmissão de dados para os postos de fiscalização da Secretaria da Fazenda. De outro lado, a Brasil Telecom foi mantida como única fornecedora de todas as contas de telefonia do Estado.
“O Paraná está assumindo a postura de grande consumidor e negociando mais, tanto para gerenciar melhor os recursos do Estado, como para ter mais qualidade nos serviços”, comenta ainda o secretário. Os fornecedores podem até ser os mesmos - diz Stephanes - mas os resultados são diferentes com vantagens para o Estado e para o contribuinte.
Ainda segundo o secretário, nesta semana o governador assinou, por exemplo, os contratos entre o Estado, a Impsat e as próprias Embratel e Brasil Telecom, que venceram a licitação e colocou em disputa a oportunidade de prestar serviços de transmissão de dados da Secretaria da Fazenda para os postos de fiscalização instalados nas divisas do Paraná.
“A diferença entre a realidade anterior e a que criamos é que o monopólio da Embratel nos custava R$ 280 mil por mês e que o valor licitado para as duas empresas nos dá um total de R$ 60 mil mensais, e uma economia anual de R$ 1,8 milhão apenas com o item transmissão de dados”, ressalta Stephanes. É preciso ter em mente - acrescenta - que essa situação positiva vai ocorrer em escala, começa a ser preparada para ocorrer em todas as esferas dos negócios públicos.
Nas contas telefônicas de junho, haverá economia de 20% nas faturas da administração direta: com as contas mensais próximas de R$ 2 milhões, o custo anual de telefonia fixa vai cair em R$ 4,8 milhões. Nesse caso, as diferenças em termos de abrangência e tecnologia entre as concorrentes exigiram negociação.
“O governo negociou vantagens com a concorrente da empresa que detinha o monopólio da telefonia”, revela Stephanes. Por conta dos valores propostos pela GVT, a Brasil Telecom também garantiu Estado tarifas 23,5% menores para os interurbanos, 15% mais baratas para as ligações locais e isenção da taxa de assinatura.
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRA SECRETARIAS
NA GESTÃO DOS NEGÓCIOS PÚBLICOS
(C/FOTOS)
O papel da Secretaria da Administração e da Previdência (Seap) na gestão dos negócios públicos do governo do Estado foi discutido duas vezes esta semana em Curitiba. Primeiramente na reunião entre o governador Roberto Requião e os dirigentes das secretarias e depois, em encontro dos chefes dos Grupos de Administração Setorial (GASs) das secretarias. Os grupos administrativos são elos de ligação entre a Seap e outros órgãos de governo para as questões vinculadas à gestão de contratos e materiais.
“Nosso papel é dar apoio aos órgãos de governo, atuando de forma integrada com elas, centralizando as ações que a lei atribui à nossa secretaria”, afirma o secretário da Administração e da Previdência, Reinhold Stephanes. Todas as questões relativas à contratação de recursos humanos e materiais, administração de patrimônio, transporte e arquivo devem ser gerenciadas sob a coordenação dos especialistas da Seap.
Diretoria de Recursos Humanos (DRH), Departamento de Administração de Materiais (Deam), da Coordenadoria de Patrimônio do Estado (CPE), do Departamento de Transporte Oficial (Deto) e Departamento Estadual de Arquivo Público (Deap) são os principais setores da Secretaria que atendem ao governo em suas áreas específicas.
Governo do Paraná quebra monopólio na área de telefonia
Mudanças na contratação dos fornecedores vão garantir economia de R$ 6,6 milhões ao ano
Publicação
28/06/2003 - 00:00
28/06/2003 - 00:00
Editoria