Governo defende recursos do Pré-Sal para litoral do Paraná

Rodovia Interportos e ramal ferroviário até Pontal do Paraná estão entre as propostas de obras com a destinação de recursos
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30/08/2010 - 17:50
Editoria
“Para o pleno desenvolvimento do litoral, o Estado precisa projetar novos sistemas viários que atendam tanto a demanda portuária quanto a melhoria do transporte nos balneários do Paraná”. A afirmação é do secretário dos Transportes, Mario Stamm Junior, ao avaliar a destinação dos recursos da futura exploração de petróleo na camada do Pré-Sal, na costa brasileira.
Melhorar a logística, promover a mobilidade viária regional e atender as necessidades multimodais com a construção de obras rodoviárias na região litorânea administradas pelo DER é a proposta do secretário, que também defende a elaboração de estudos para o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) implantar a BR-101 em território paranaense, “desde que os projetos levem em conta as necessidades ambientais”.
Stamm destaca que uma futura Rodovia Interportos com características de autoestrada e ecologicamente construída, vai retirar da Região Metropolitana de Curitiba milhares de veículos que atualmente circulam pelo Contorno Rodoviário da Capital.
Para Mario Stamm, o litoral pode se beneficiar com investimentos procedentes da exploração da camada do Pré-Sal também em outros modais. “A extensão da ferrovia até Pontal do Paraná, que tem condições ideais de calado para receber grandes navios e abrigar em sua área retroportuária instalações destinadas à construção e montagem de plataformas marítimas, é um exemplo de obra viária necessária”, citou.
Stamm ressalta que a construção do novo porto em Pontal do Paraná deve ser levada em consideração, assim como os projetos de outros terminais portuários na Ilha da Cotinga e no Imbocui.
“O mercado aponta para o aumento do transporte por contêineres nos próximos anos e os portos paranaenses devem se preparar para movimentar produtos com maior valor agregado. As projeções indicam que no ano 2020 passarão três milhões de contêineres pelos portos do Estado e para tanto é preciso adequar a estrutura marítima atual com novos cais e reformas nas instalações”, alertou.
“A base logística estadual deve ser pensada dentro de uma visão multimodal para oferecer ao mercado maior competitividade e mais segurança, reduzindo o custo interno e melhorando o desempenho da balança comercial pela redução do custo de transportes, consequência da maior movimentação de cargas”, conclui Stamm.