O governador Roberto Requião decidiu nesta segunda-feira (14), durante a reunião do Conselho Revisor com o secretário da Administração e da Previdência Reinhold Stephanes, que o governo do Paraná não vai efetuar a taxação dos servidores inativos até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida se a medida é ou não constitucional.
A contribuição dos aposentados foi determinada pela emenda constitucional da Reforma da Previdência, aprovada no último mês pelo Congresso Nacional. A taxação estipulada é de 11% sobre vencimentos superiores a R$ 1,4 mil.
Em todo o país, servidores entraram com ação na Justiça, questionando a constitucionalidade da medida. A votação no STF está suspensa. “Há o entendimento de que uma contribuição só pode existir se houver um benefício mais adiante. E isso não ocorre com o aposentado, que contribuiria sem ter, no futuro, qualquer benefício”, explica Stephanes.
Ainda no encontro entre o secretário e o governador, foi ressaltada a necessidade de se manter o rigor na administração, para assegurar o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Foram definidas também algumas ações prioritárias, que beneficiem o funcionalismo público, a serem tomadas assim que houver margem positiva suficiente na relação receitas do Estado x despesas.
Uma das medidas é a implementação de gratificação aos servidores públicos que atuam na área de saúde. A outra é criação de um plano de cargos, carreiras e salários para a Polícia Científica. Stephanes lembra que, só na atual gestão, o governo do Estado já melhorou a remuneração das polícias Civil e Militar e dos professores da rede estadual de ensino. E, conforme salienta o secretário, foram benefícios concedidos dentro dos limites impostos pela LRF.
Governo decide não cobrar inativos até decisão final do Supremo
Benefícios aos servidores serão implantados dentro dos limites da LRF
Publicação
14/06/2004 - 00:00
14/06/2004 - 00:00
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