O sistema centralizado de acompanhamento de manutenção da frota oficial do Estado, implantado pelo Governo do Paraná em 2005, está sendo adotado pela Bahia. A Superintendência de Serviços Administrativos do governo baiano informa que, depois de realizados treinamentos de funcionários em novembro, começa a implantar o sistema neste mês. “Dentre as vantagens proporcionadas pelo sistema, estão a agilidade na confecção dos orçamentos para a realização de serviços de manutenção e redução do tempo de permanência do veículo na oficina, assim como maior precisão na elaboração desses orçamentos, levando a uma otimização dos gastos com consertos”, diz nota da superintendência baiana. TRÂMITES - O sistema de manutenção da frota do governo paranaense está sob gestão do Departamento de Transporte Oficial (Deto), da Secretaria da Administração e da Previdência, e da Celepar. Por meio desse sistema, é possível dar andamento e acompanhar todos os trâmites necessários – desde o pedido de autorização, pelo órgão público, para a recolha do veículo à oficina, até o registro do retorno desse veículo, depois de reparado. Nesses trâmites, são incluídos detalhes como tipo do veículo, problema constatado, valores das peças e da mão-de-obra para a execução dos serviços. A sistematização desses dados permite ao gestor público melhor controle sobre as razões que levam os carros à manutenção e os custos desses reparos. O gestor, então, passar a ter uma espécie de “prontuário” de cada veículo. Com o histórico de idas à oficina, o gestor pode por exemplo identificar se determinado problema mecânico ocorre com freqüência, ou ainda comparar as despesas com os serviços realizados – evitando, inclusive, a cobrança de valores indevidos. DECISÕES - A consolidação desses dados facilita a tomada de decisões. O gestor passa a dispor de informações mais confiáveis sobre o estado de conservação da frota oficial. Se um carro começa a apresentar os mesmos defeitos, é possível avaliar se a sua manutenção é ou não vantajosa para os cofres públicos – pode-se, assim, optar por leiloar o veículo, substituindo a unidade por outra. O modelo de manutenção da frota oficial do Estado do Paraná, desde que foi implantado, tem despertado o interesse de diversos outros Estados e esferas de poder. Além do Governo da Bahia, com o qual o Paraná firmou acordo de cooperação técnica permitindo o uso do sistema, o Governo de Alagoas é outro que planeja conhecer o funcionamento do sistema paranaense, e pretende enviar técnicos para ver de perto como é a operacionalização das ferramentas. BOX Como funciona o sistema - O Paraná está divido em pólos. - Nesses pólos, oficinas são contratadas pelo governo, por meio de licitação - O usuário do carro oficial (motorista), ao constatar que o veículo precisa de manutenção ou algum conserto, faz a solicitação ao órgão (secretaria, departamento, fundação) ao qual pertence. - Esse órgão encaminha o pedido para o Deto. - O Deto, por sua vez, verifica se o órgão solicitante tem recursos financeiros para os serviços, indica em qual a oficina deverá ser feito o trabalho (leva-se em conta o município onde o veículo está) e checa se no contrato firmado com aquela oficina ainda há saldo financeiro para se efetuar os serviços. - Se tudo estiver de acordo, o Deto emite um documento (chamado de SMV) para o usuário, que fica autorizado a levar o veículo para a oficina. - A oficina, ao receber o carro, elabora um orçamento e manda para o Deto. - O orçamento é analisado (se superar 70% do valor do veículo, por exemplo, o serviço é negado) e, se tudo estiver certo, encaminha para o órgão, que dá a ordem para a realização ou não dos trabalhos. - Tudo é feito por meio eletrônico, o que assegura agilidade no andamento dos trâmites. - A frota oficial do Governo do Paraná é de cerca de 20,1 mil veículos, incluindo motos, embarcações, tratores e outras máquinas.