Governo checa nos hospitais a qualidade do sistema de saúde do servidor

Ouvidor da Secretaria da Administração tem visitado os estabelecimentos contratados pelo SAS
Publicação
10/06/2005 - 06:00
Editoria
A Secretaria da Administração e da Previdência (Seap) tem verificado de perto como está a qualidade do atendimento oferecido pelos hospitais contratados pelo Sistema de Assistência à Saúde (SAS) do servidor estadual. Os 30 estabelecimentos que fazem parte da rede, na capital e no interior, serão visitados pelo ouvidor da secretaria, Lamartine Villanova Braitbach, que começou a percorrer as localidades abrangidas pelo SAS em meados de abril. Desde então, Lamartine esteve em 11 municípios. Para a semana que vem estão agendadas visitas em Cascavel, Foz de Iguaçu e Toledo. “O objetivo é fazer com que os hospitais percebam que estão sendo acompanhados pelo Estado. Queremos saber se o servidor é bem tratado, se as consultas são marcadas dentro do prazo (cinco dias) e os exames sendo realizados”, explica o ouvidor da Seap. Contato com os servidores - Além de visitar os hospitais, Lamartine está indo aos núcleos regionais de educação de algumas das cidades percorridas. Nos núcleos, o ouvidor conversa com funcionários, para obter a impressão dos servidores daquela localidade de como está funcionando o SAS na região. “Escolhemos os núcleos da educação porque são repartições referências nos pequenos municípios. E porque ali estão pessoas que na maioria são mulheres, e as mulheres têm uma preocupação maior com a saúde, não só dela como da família. Por isso, elas têm muito para contar”, observa o ouvidor. Balanço – Das viagens feitas, o técnico da Seap já têm alguns resultados. Por exemplo: a dificuldade de se agendar consulta para especialidades mais complexas. Lamartine conta que os hospitais dos municípios menores alegam encontrar dificuldades para firmar convênio com os poucos profissionais locais, e que por isso encaminham os pacientes para as cidades maiores, o que, às vezes, exige grandes deslocamentos por parte do beneficiário do sistema. A saída apontada foi a de os hospitais contratarem médicos para, ao menos uma vez por semana, estarem presentes nos estabelecimentos e, lá mesmo, prestarem atendimento. Boas notícias - O ouvidor da Seap colhe os problemas, mas tem escutado elogios também. A ampliação da rede – de 11 hospitais para 30 – é um dos pontos positivos ressaltados pelo funcionários. A preocupação dos técnicos da Seap em resolver os problemas que surgem é outra questão destaca pelos servidores nos encontros no interior. “O próprio fato de o ouvidor ir nesses lugares, conversar, esclarecer, ou procurar responder por e-mail ou telefone cada pedido, é considerado [pelos funcionários públicos] como uma boa medida”, diz Lamartine. Box: Tamanho da rede é quase triplicado na atual gestão O atual gestão assumiu em janeiro de 2003 com o compromisso de melhorar o sistema de assistência à saúde do servidor e tem cumprido. Em pouco mais de dois anos, o tamanho da rede quase triplicou: eram 11 municípios atendidos pelo SAS em 2003; hoje, são 30. A meta é ampliar para 83. O SAS é como se fosse um plano de saúde para o servidor, só que não custa nada para o funcionário – nenhum centavo é descontado no contracheque. Atende ao pessoal da ativa, aposentados e dependentes – um total de 360 mil pessoas, aproximadamente.