Governo apresenta software de cadastro de propriedades pecuárias a outros estados

Técnicos das secretarias de agricultura de Tocantins, Mato Grosso e Minas Gerais, vieram a Curitiba para ver de perto o funcionamento do software, que vai proporcionar um sistema único de cadastro, acessível em todo o Estado
Publicação
19/08/2005 - 15:40
Editoria
Um software de cadastro de propriedades com explorações pecuárias, GTA – Guia de Trânsito Animal, e rastreabilidade de bovídeos, desenvolvido pela Celepar, Núcleo de Informática e Informações e Seção de Rastreabilidade, e que está sendo utilizado pela Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, para o desenvolvimento diário das atividades de campo, está sendo mostrado para técnicos das secretarias de agricultura de outros Estados. O programa planejado a partir de 1996 pela veterinária Maria Auxiliadora Fonseca Lopes, chefe da Seção de Sanidade dos Eqüídeos e Informação em Saúde Animal, onde surgiu a primeira versão do cadastro, já foi apresentado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Ele teve maior desenvolvimento a partir de 2003, pelo advento da rastreabilidade dos bovídeos, que foi inserida no sistema. A partir daquele ano, com a participação mais direta de todos os segmentos da cadeia produtiva da carne que fazem parte do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária – Conesa ( Faep, Sindcarnes, Senar, Ocepar, dentre outros ) com o seu apoio logístico, Celepar, Núcleo de Informática e Informações da Seab e Seção de Rastreabilidade com o planejamento, análise e desenvolvimento, alcançou o estágio de desenvolvimento em que se encontra nos dias atuais. “A nossa intenção é manter um sistema único de cadastro, acessível em todo o Estado, bastando para isso um computador conectado à internet”, explicou Antonio Minoro Tachibana, chefe da seção de rastreabilidade e certificação da Seab. Interessados no método paranaense, técnicos das áreas de informática e de Defesa Sanitária Animal dos Estados de Tocantins, Mato Grosso e Minas Gerais, vieram a Curitiba para ver de perto como funciona. “No Mato Grosso, usamos o sistema de emissão de GTA normal, e pensamos em mudar para certificadora, como faz o Paraná, que já atende às normas do Sisbov . É mais prático por que os dados são lançados e consultados em qualquer local do mundo, em tempo real, o cadastro do animal torna-se mais eficiente e seguro”, explicou Benjamin da Silva Cruz, gerente de informática do Indea – Instituto de Defesa Agropecuária do MT. O Programa Estadual de Rastreabilidade dos Bovídeos foi lançado no Paraná em julho de 2003, para proporcionar ao pecuarista a habilitação do seu rebanho à exportação bem como a valorização da carne dos animais rastreados. Para auxiliar na emissão da GTA de animais rastreados, a Secretaria da Agricultura está utilizando leitores de código de barras, que registra o Documento de Identificação Animal – DIA, documento único e individualizado dos bovídeos rastreados. O DIA está inserido na Base Nacional de Dados do Sisbov – Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina. Estes leitores, num total de 125, foram fornecidos em comodato pela Federação da Agricultura do Paraná, Ocepar e Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado do Paraná. De acordo com Minoro Tachibana, na terceira fase do desenvolvimento deste software laboratórios e frigoríficos também estarão conectados ao sistema, repassando os dados de exames de animais rastreados ou não, e os dados de lesões sugestivas de doenças de interesse da Defesa Sanitária Animal. Ele acredita que com esse trabalho será possível planejar melhor as ações dos técnicos , baseados no perfil nosológico da propriedade, do município, ou da região. A preocupação do técnico do Defis é a mesma do vice-governador e secretário Orlando Pessuti. ‘Nesse momento em que a competitividade do mercado externo tornam as barreiras sanitárias cada vez mais exigentes, a transparência em Defesa Sanitária Animal pode ser um fator importantíssimo para ajudar a derrubar essas barreiras que nos são impostas, e ainda, teremos o rebanho paranaense e brasileiro com o perfil sanitário conhecido”, ressaltou.

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