O Governo do Paraná está sensível e preocupado com a situação de endividamento dos produtores de maçã de Palmas. Por determinação do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Erikson Camargo Chandoha, foi promovida uma ampla reunião com os produtores de maçã naquele município, quando foram analisadas as dificuldades enfrentadas e a construção de alternativas que possam dar a curto e médio prazo a sustentação da produção de frutas naquela região do Estado.
Participaram da reunião os produtores filiados à Cooperativa de Fruticultores de Palmas (Cocamp), Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Banco do Brasil, Emater, Iapar, Codapar e prefeitura municipal de Palmas.
A partir desse encontro, a Secretaria vem adotando providências para diminuir o drama enfrentado pelos produtores e que estão tramitando, informou o diretor do departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Carlos Simioni.
Foram encaminhados ofícios para a superintendência do Banco do Brasil no Paraná solicitando a necessidade de renegociação das dívidas. Ao Iapar, foi pedido apoio para a revitalização dos pomares. E à prefeitura de Palmas, foi solicitado apoio na orientação aos produtores para a apresentação de uma proposta de desenvolvimento e de revitalização da maçã no município, que poderá ser elaborada em conjunto com a Secretaria da Agricultura.
No ofício enviado ao superintendente do Banco do Brasil, o secretário Chandoha solicita o levantamento do processo de endividamento dos produtores de maçã e a possibilidade de renegociação das dívidas, considerando os eventos climáticos graves ocorridos na última safra, bem como a possibilidade de viabilizar novos créditos que permitam a continuidade da exploração da fruta no município.
Para o Iapar, Chandoha pediu estudos do órgão para ajudar os produtores na revitalização dos pomares com a introdução de novas cultivares de maçã e de outras frutas adaptáveis ao clima de Palmas. Outro fator determinante para a revitalização seria a introdução de novos clones de cultivares Gala e Fuji com o objetivo de impulsionar a produtividade dos pomares, observou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Deral.
Ao prefeito de Palmas, Hilário Andraschko, o secretário pediu o apoio da prefeitura na orientação aos produtores para providenciar a documentação necessária para a renegociação das dívidas, como a apresentação de laudos da assistência técnica pública ou privada para que se tenha sucesso junto aos agentes financeiros. Esses laudos devem comprovar a redução da produtividade dos pomares em função de eventos climáticos e que reduziram, consequentemente de forma drástica, a renda dos produtores.
Sobre os custos de armazenagem, considerados elevados pelos produtores, a Codapar informa que está fazendo investimentos visando a melhoria da tecnologia de armazenagem que vai resultar em redução dos custos operacionais que poderá ser transferido para redução tarifária também. Com a tecnologia de atmosfera controlada que será instalada em breve, as frutas podem ficar mais tempo estocadas o que permitirá ao produtor vender a produção em período que a maçã é mais escassa no mercado, conseguindo uma renda menor. Além disso, o presidente da Codapar, Jânio Dalla Costa, anunciou que o órgão permite que o produtor pague os custos de armazenagem somente 30 dias após realizada a venda da fruta.
Mas certamente num plano de renovação dos pomares, os custos de estocagem voltam a ser absorvidos pelo volume de produção, explicou Simioni.
SUCESSÃO DE DIFICULDADES - O problema enfrentado pelos produtores de maçã de Palmas decorre da redução da produtividade dos pomares, provocada por eventos climáticos graves como o excesso de chuvas. Somado a isso, os pomares são antigos, onde quase 60% deles estão acima de 10 anos e não foram renovados o que contribuiu para a queda de produção e produtividade. Na região de Palmas, a produção caiu de 26 mil toneladas para 15 mil toneladas anuais.
Além dos fatores climáticos e falta de renovação dos pomares, os produtores também enfrentaram fortes problemas de mercado. À medida que a área ocupada caiu, os preços médios da fruta também caíram, disse Simioni. Com isso, os custos de produção e de estocagem se mantiveram em níveis elevados e a renda do produtor obtida com o cultivo da fruta não consegue sustentar mais a atividade, acrescentou.
Paralelamente a esses fatores, a valorização do real frente ao dólar facilitou o aumento de importações de maçãs, contribuindo com a baixa rentabilidade e redução nos preços do produto. Por fim – disse Simioni – a crise de preços no mercado é decorrente de conjuntura mundial, que se deflagrou com a crise econômica de 2008 mas que entra em fase de recuperação.
Participaram da reunião os produtores filiados à Cooperativa de Fruticultores de Palmas (Cocamp), Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Banco do Brasil, Emater, Iapar, Codapar e prefeitura municipal de Palmas.
A partir desse encontro, a Secretaria vem adotando providências para diminuir o drama enfrentado pelos produtores e que estão tramitando, informou o diretor do departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Carlos Simioni.
Foram encaminhados ofícios para a superintendência do Banco do Brasil no Paraná solicitando a necessidade de renegociação das dívidas. Ao Iapar, foi pedido apoio para a revitalização dos pomares. E à prefeitura de Palmas, foi solicitado apoio na orientação aos produtores para a apresentação de uma proposta de desenvolvimento e de revitalização da maçã no município, que poderá ser elaborada em conjunto com a Secretaria da Agricultura.
No ofício enviado ao superintendente do Banco do Brasil, o secretário Chandoha solicita o levantamento do processo de endividamento dos produtores de maçã e a possibilidade de renegociação das dívidas, considerando os eventos climáticos graves ocorridos na última safra, bem como a possibilidade de viabilizar novos créditos que permitam a continuidade da exploração da fruta no município.
Para o Iapar, Chandoha pediu estudos do órgão para ajudar os produtores na revitalização dos pomares com a introdução de novas cultivares de maçã e de outras frutas adaptáveis ao clima de Palmas. Outro fator determinante para a revitalização seria a introdução de novos clones de cultivares Gala e Fuji com o objetivo de impulsionar a produtividade dos pomares, observou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Deral.
Ao prefeito de Palmas, Hilário Andraschko, o secretário pediu o apoio da prefeitura na orientação aos produtores para providenciar a documentação necessária para a renegociação das dívidas, como a apresentação de laudos da assistência técnica pública ou privada para que se tenha sucesso junto aos agentes financeiros. Esses laudos devem comprovar a redução da produtividade dos pomares em função de eventos climáticos e que reduziram, consequentemente de forma drástica, a renda dos produtores.
Sobre os custos de armazenagem, considerados elevados pelos produtores, a Codapar informa que está fazendo investimentos visando a melhoria da tecnologia de armazenagem que vai resultar em redução dos custos operacionais que poderá ser transferido para redução tarifária também. Com a tecnologia de atmosfera controlada que será instalada em breve, as frutas podem ficar mais tempo estocadas o que permitirá ao produtor vender a produção em período que a maçã é mais escassa no mercado, conseguindo uma renda menor. Além disso, o presidente da Codapar, Jânio Dalla Costa, anunciou que o órgão permite que o produtor pague os custos de armazenagem somente 30 dias após realizada a venda da fruta.
Mas certamente num plano de renovação dos pomares, os custos de estocagem voltam a ser absorvidos pelo volume de produção, explicou Simioni.
SUCESSÃO DE DIFICULDADES - O problema enfrentado pelos produtores de maçã de Palmas decorre da redução da produtividade dos pomares, provocada por eventos climáticos graves como o excesso de chuvas. Somado a isso, os pomares são antigos, onde quase 60% deles estão acima de 10 anos e não foram renovados o que contribuiu para a queda de produção e produtividade. Na região de Palmas, a produção caiu de 26 mil toneladas para 15 mil toneladas anuais.
Além dos fatores climáticos e falta de renovação dos pomares, os produtores também enfrentaram fortes problemas de mercado. À medida que a área ocupada caiu, os preços médios da fruta também caíram, disse Simioni. Com isso, os custos de produção e de estocagem se mantiveram em níveis elevados e a renda do produtor obtida com o cultivo da fruta não consegue sustentar mais a atividade, acrescentou.
Paralelamente a esses fatores, a valorização do real frente ao dólar facilitou o aumento de importações de maçãs, contribuindo com a baixa rentabilidade e redução nos preços do produto. Por fim – disse Simioni – a crise de preços no mercado é decorrente de conjuntura mundial, que se deflagrou com a crise econômica de 2008 mas que entra em fase de recuperação.