Os técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), da Ecoparaná e os integrantes do Conselho Gestor do Parque Estadual do Monge apresentaram, terça-feira (01), na Lapa, durante audiência pública na Câmara local, o andamento dos trabalhos de revitalização do parque. Os vereadores receberam informações do projeto que prevê novas áreas de lazer e educação ambiental para a unidade de conservação. “O investimento feito pelo Governo do Estado colocará o parque no cenário nacional de visitações”, disse o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. O parque foi fechado em março, quando começaram os trabalhos de revitalização e deverá ser aberto ao público em setembro do ano que vem. Os encaminhamentos e tomadas de decisões contam com a participação do Conselho Gestor do Parque. Para o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, as audiências públicas são essenciais. “Buscamos repensar o parque de forma conjunta, em parceria com a comunidade e autoridades locais, porque conhecem bem a área e serão os que mais irão desfrutar o parque”, comentou o presidente. OBJETIVO – Para o vereador João Carlos Leonardi Filho, a audiência foi muito positiva porque todos puderam perceber o objetivo da revitalização e porque estão sendo cortadas árvores no local. “A revitalização é um ganho significativo do ponto de vista econômico e ambiental. O parque irá atrair turistas, fortalecendo o comércio local e consequentemente aumentando a arrecadação. A retirada das espécies significa a recuperação da biodiversidade”, destacou. A madeireira Eldorado, sediada em Bocaiúva do Sul (região sul do estado), venceu a licitação para compra de aproximadamente 45 mil metros cúbicos – o equivalente a 640 carretas de pinus e eucalipto. A retirada do pinus faz parte do programa estadual de erradicação de espécies exóticas invasoras nas unidades de conservação, que o IAP desenvolve, desde 2005. O Parque Estadual de Vila Velha foi o primeiro incluído no programa, que hoje é modelo para o País. “O Parque é uma unidade muito antiga com valor histórico, cultural e ambiental muito importante para o Estado. A revitalização, bem como a retirada das espécies exóticas, são essenciais para a recuperação da biodiversidade local”, destaca a diretora de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP (Dibap), Márcia Pires Tossulino. PROJETO - O IAP juntamente com a Ecoparaná cumpre cronograma que conta com apoio do Conselho Gestor. Reuniões mensais ocorrem para discutir as melhorias. “Estamos trabalhando com um projeto arquitetônico moderno que visa a reordenação de usos dos ambientes do parque, que são conflitantes entre si. O projeto prevê evidenciar o lazer e a religiosidade” comenta a superintendente da Ecoparaná, Michele Poitevin. O parque terá extensa área de lazer, trilhas adaptadas, auditório com capacidade para 100 pessoas, anfiteatro para a realização de palestras e oficinas de educação ambiental. Haverá sinalização especial com informações, contando de forma lúdica, a história da unidade de conservação. Também está prevista estrutura de informações a visitantes e turistas. CONSELHO - A existência do Conselho Gestor é uma das normas definidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). O Conselho do Parque Estadual do Monge foi criado em 2004 para promover a gestão da área protegida com a participação da administração municipal e sociedade. Representantes do Ministério Público, prefeitura, Sindicato Rural e Associação Comercial sugerem medidas a serem adotadas e acompanham os trabalhos realizados pelo IAP, como a retirada de exóticas. A presidente do Conselho Gestor do Parque e coordenadora das Unidades de Conservação do IAP, Maria do Rocio Lacerda Rocha, o conselho do Monge é bastante atuante e todas as tomadas de decisões são colocadas em discussão. Entre as autoridades presentes durante a audiência pública no município da Lapa estava a deputada estadual Rosane Ferreira.