Governadora do Rio Grande do Sul diz que ferrovia Norte-Sul aumentará integração do país

A proposta de estender até o porto de Rio Grande (RS) o traçado da ferrovia Norte-Sul é uma reivindicação dos quatros Estados do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul) que foi defendida pelos governadores na reunião de 18 de novembro
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07/01/2010 - 20:10
Editoria
A governadora Yeda Crusius, ao saber da nova diretriz do governo federal para estender a ferrovia Norte-Sul até o porte de Rio Grande, em seu Estado, comunicada ao presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, na terça-feira (5) pelo Ministério dos Transportes, comentou nesta quinta-feira (7) que a meta é aumentar a integração de transporte entre as economias dos Estados do Codesul e das demais unidades da Federação, além dos países fronteiriços, que compõem a maior fronteira agrícola do mundo. A proposta de estender até o porto de Rio Grande (RS) o traçado da ferrovia Norte-Sul é uma reivindicação dos quatros Estados do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul) que foi defendida pelos governadores na reunião de 18 de novembro, quando decidiram pela criação da Ferrosul, empresa ferroviária pública a ser gerida pelos Estados membros do órgão. A governadora Yeda Crusius considera a criação da Ferrosul como uma estratégia de desenvolvimento econômico dos Estados do Codesul. Pelo projeto, a Ferrosul terá como base a linha já existente da Ferroeste, empresa do governo do Paraná. Para o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, a integração importa desafios. Um deles, segundo Gomes, é elaborar um plano diretor de logística e transporte da região do Codesul, com o objetivo de reunir sinergicamente as estruturas públicas e privadas de transporte e armazenagem em favor da redução do custo do transporte na região. De acordo com Gomes, a Ferrosul será um importante instrumento para este objetivo. “Ao criarem a Ferrosul, os governadores do Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul demonstram visão estratégica, sabedoria e coragem para eliminar fronteiras internas e superar interesses particulares”. Segundo Samuel Gomes, são os donos das cargas que devem escolher a logística mais eficiente e mais barata para desenvolver suas atividades. Devem prevalecer não os interesses particulares deste ou daquele porto, mas os interesses gerais da agricultura, da indústria e do comércio. “Unidos por ferrovias modernas e de alta capacidade, que se articulem com rodovias, hidrovias e aeroportos, somos mais fortes. Superando os particularismos, ganhamos todos”, disse. Gomes considera ainda que o eixo ferroviário Atlântico-Pacífico é um componente fundamental na estratégia dos países da América do Sul no sentido de conformarem uma unidade econômica, política e cultural de relacionamento entre si e com o restante do mundo, em condições mais justas. Para o presidente da Ferroeste, a integração cultural e política da América do Sul passa pela integração econômica, que precisa de ligações físicas. Segundo ele, a Região necessita de pontes, ferrovias, hidrovias, rodovias, navegação de cabotagem, rotas marítimas, linhas aéreas. O eixo ferroviário entre Paranaguá e Antogafasta, que ligará por ferrovias o Paraná, Paraguai, Noroeste e Norte da Argentina e Chile, é um dos projetos mais importantes para o estabelecimento desta nova realidade na América do Sul.

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