Governador autoriza obras para ampliar porto seco da Ferroeste em Cascavel

Porto atende as necessidades de desembaraço aduaneiro na região e, com as obras, terá ampliada sua infraestrutura de transbordo de grãos para atender produtores, agroindústrias e cooperativas, inclusive do Paraguai
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05/08/2010 - 17:17
Editoria

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O governador Orlando Pessuti assinou nesta quinta-feira (5), no auditório da Acic – Associação Comercial e Industrial de Cascavel, a ordem de serviço para a reconstrução e ampliação do porto seco instalado no terminal da Ferroeste, em Cascavel. O porto atende as necessidades de desembaraço aduaneiro na região e, com as obras, terá ampliada sua infraestrutura de transbordo de grãos para atender produtores, agroindústrias e cooperativas, inclusive do Paraguai.
Os produtores paraguaios vão utilizar a ferrovia para exportar soja, milho e trigo, para o Brasil e o mercado internacional, além de importar insumos agrícolas como adubos, fertilizantes e calcário. Atualmente, o Paraguai utiliza os portos de Nova Palmeira, no Uruguai, e de Rosário, na Argentina.
“Sempre lutamos para ter uma estação aduaneira em Cascavel, para atender o Oeste do Paraná. Portanto, se sempre batalhamos para que esta estação existisse, o nosso compromisso com Cascavel, o Oeste do Paraná e com os nossos vizinhos paraguaios está mantido. Vamos equipar e melhorar o nosso porto seco e também a Ferroeste”, declarou Pessuti.
O governador disse que, naquele momento, estava autorizando a execução de obras e a compra de equipamentos para que a estação aduaneira volte a operar o mais rápido possível.
Para isso, serão investidos cerca de R$ 4 milhões, dos quais R$ 2,3 milhões serão de responsabilidade de um pool paraguaio, formando pela Central Nacional de Cooperativas do Paraguai (Unicoop) e pelas empresas Agro Silos El Produtor, Dekalpar e Trebol Agrícola, responsáveis por 60% da produção de soja naquele país.
Pessuti revelou ainda que determinou ao DER a elaboração de projetos para a abertura de vias marginais à BR-277, para atender a demanda do porto seco. “A execução da obra é resultado de um esforço dos nossos deputados federais, que estão buscando a liberação de emendas parlamentares, e da empresa concessionária que administra a rodovia, que tem a incumbência de fazer a duplicação”, disse.
O prefeito Edgar Bueno afirmou que a estação aduaneira, além de ter sido alvo de um incêndio, enfrentava uma série de problemas para voltar a funcionar. “Mas agora, estamos recebendo o governador Orlando Pessuti para a assinatura desta ordem de serviço para a execução das obras de reconstrução, reforma e ampliação. Esta é uma obra importante para o desenvolvimento da região, principalmente para os exportadores e cooperativas”.
Para o presidente da Ferroeste, Neuroci Antonio Frizzo, a grande vantagem do acordo firmado pelo governo do Estado com os investidores paraguaios é que “parte deste projeto será pago com a nossa prestação de serviço. Existe um contrato, através do qual a Codapar devolverá o dinheiro investido no decorrer de um período bem longo”.
Segundo ele, o interesse dos paraguaios pelo porto seco de Cascavel está no fato de que representará uma redução significativa no frete, o que tornará os produtos agrícolas daquele país mais competitivos no mercado internacional.
“Hoje, para exportar sua produção agrícola, o Paraguai usa os portos da Argentina e Uruguai, através de chatas, que demoram em média 20 dias e só levam 20 toneladas de cada vez. Com a estação aduaneira, o trabalho de exportação será feito em no máximo 8 dias”, destacou.
PROJETO - “Os paraguaios entram como os principais colaboradores e usuários do porto seco”, disse diretor técnico-operacional da Codapar – Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná, empresa que administra o porto seco, Davi Pinezi.
O grupo deve começar a operar ainda este ano com a importação de fertilizantes. A partir da safra de 2011, a previsão é de movimentar 200 mil toneladas de grãos com destino ao Porto de Paranaguá, podendo chegar a 400 mil toneladas por ano, em 2012.
O projeto envolve a Ferroeste, Codapar, Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Ministério da Agricultura, Claspar (Empresa Paranaense de Classificação de Produtos), Receita Federal e o grupo de investidores paraguaios.
Também participaram do evento o secretário da Agricultura, Erikson Camargo Chandoha; o secretário especial Piotre Laginski e o presidente da Codapar, Jânio Dallla Costa.

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