Governador Requião inaugura em Campo Magro as primeiras casas do PAC Habitacional do Paraná

As obras, que tiveram início em maio, estão sendo concluídas em etapas, divididas em quatro empreendimentos; o investimento dos empreendimentos é de R$ 13,2 milhões
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21/12/2009 - 23:30
Editoria
O governador Roberto Requião inaugurou no começo da noite de segunda-feira (21) as primeiras 38 unidades habitacionais, de um total de 388, que estão sendo construídas na cidade de Campo Magro, Região Metropolitana de Curitiba, com recursos do PAC mais a contrapartida do Estado. A entrega das chaves aos novos moradores do conjunto foi feita pelo vice-governador Orlando Pessuti e pelo presidente da Cohapar, Rafael Greca, responsável pela realização do projeto, e pelo prefeito José Antonio Pase. As obras do PAC em Campo Magro, que tiveram início em meados de maio, estão sendo concluídas em etapas, divididas em quatro empreendimentos. O investimento total dos empreendimentos é de R$ 13,2 milhões, incluindo a regularização fundiária de 42 terrenos As moradias abrigarão famílias realocadas de áreas de risco ou preservação ambiental. “São casas extraordinárias”, assegurou Requião, lembrando que “as famílias que vão viver aqui, estão saindo de barracos à beira do rio. São trabalhadores do Paraná e do Brasil que passarão a morar nessa nova arquitetura. As casas são lindas e o projeto arquitetônico puxou um pouco na linha das antigas casas dos poloneses, com varanda na frente e beiral de madeira. É a devolução da dignidade. Por ocasiões como esta é que vale a pena ser governador”, destacou. O vice-governador Orlando Pessuti disse que essa é uma solução maravilhosa que o governo pode oferecer às pessoas. “São famílias que saem de uma situação de risco e que merecem morar numa casa digna, merecem ser reconhecidas como cidadãos, merecem a inclusão social e uma atenção completa do governo”, salientou Pessuti. A ocupação desordenada, de Campo Magro aconteceu às margens do rio Bambeca, que deságua no Passaúna, em grotões de difícil acesso às moradias e sem atendimento por redes de abastecimento de água e energia elétrica. “Agora, as famílias terão suas moradias em locais secos e seguros. As casas são de alvenaria, telhas de cerâmica, com 40 metros quadrados, em projetos arquitetônicos diferenciados na forma geminada. Todas as casas terão rede de água, esgoto, energia, galerias de drenagem, pavimentação, paisagismo”, explicou o presidente da Cohapar. Greca salientou ainda que “esse é um bairro feito com a medida do coração. Cada casa foi escolhida para ser um endereço de família e de felicidade. Essas são as primeiras das 3.155 casas que estão em construção ao redor de Curitiba. São casas para gente que vive sob risco. São casas para famílias, que quando a água invade os barracos, correm o risco de leptospirose e outras infecções. Essas casas são a expressão da opção preferencial pelos pobres, defendida pelo governador Requião”. O prefeito Pase, falou do presente que está sendo oferecido às famílias que terão a oportunidade de passar o Natal na nova moradia.“É uma felicidade muito grande viver um momento como este às vésperas do Natal. As famílias estão saindo de uma condição degradante, onde sofriam com enchentes, alagamentos de seus barracos e risco de desabamento, para uma situação segura e confortável. Hoje é um dia que ficará gravado na memória do município de dessas famílias”. Para o superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Arielson Bittencourt, “se hoje estamos vivendo esse momento de sonho concretizado e de felicidade porque houve a vontade política muito grande do governo federal, do presidente Lula, e do governador Requião, no sentido de disponibilizar, aqui em Campo Magro, os recursos necessários para que a vida dessas famílias fossem transformadas” Segurança – com quase nove meses de gravidez, Marta Barboza Alves, 39 anos, vive com o marido Nilton Carlos Zanetti Ribeiro, 34 anos, e mais cinco filhos, num barraco à beira do rio Bambeca. O esgoto das casas ao redor é despejado todo no rio. “Cada chuva que vem é uma enchente. Ficamos ilhados no meio de toda sujeira sem poder sair. O cheiro é insuportável. Dias atrás eu peguei uma infecção porque tive que ir para fora quando estava tudo alagado. Nem acredito que uma vida nova vai começar. Tanto sonhei com esse momento que ele vai nascer junto com meu filho e com Jesus. Para nós é também o nascimento de uma nova etapa das nossas vidas”. O barraco de Iracema dos Santos Ferreira, 45 anos, onde vive com sete filhos e o marido jardineiro, Milton Gonçalves Ferreira, 49 anos, é vizinho de Marta, bem abaixo da altura da rua. “Isso aqui quando chove é um caos. O barro desce pela rua e invade a casa. Além da chuva que entra pelas goteiras espalhadas pelo telhado tem a lama toda que vem de fora. Mas agora tudo isso vai acabar. É uma benção e uma felicidade que estamos vivendo. Nunca tivemos uma casa tão bonita assim”, confessou Iracema. O PAC da habitação – as obras do Plano de Aceleração do Crescimento estão sendo executados em quatro municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Ao todo serão investidos R$ 161,7 milhões, incluídos as contrapartidas dos governos federal, estadual e municipal. Nesses locais encontram-se os principais rios que abastecem de água os municípios e a grande Curitiba e que já começam a ser salvos e preservados. O recursos do PAC estão sendo canalizados para as cidades de Campo Magro, Piraquara, Colombo e Pinhais e estão transformando diversas áreas em bairros novos - um exemplo de gestão social e humanitária que está beneficiando 2.596 famílias com novas casas e 9.406 com a regularização de suas terras. No Guarituba, em Piraquara, com investimentos de R$ 91,7 milhões, estão sendo construídas 953 novas moradias. Em Colombo, que conta com recursos de R$ 19.815.553,88, sendo 508 novas casas. Já em Pinhais estão sendo investidos R$ 36,8 milhões em 906 regularizações e construção de 747 unidades. Em todas as áreas onde haverá realocação de famílias, serão construídos parques ambiental de lazer.

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