O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, disse nesta sexta-feira (15), ao participar do velório de Zilda Arns, no Palácio das Araucárias, em Curitiba, que ela tem todas as credenciais para receber o Prêmio Nobel da Paz. A proposta é do governador Roberto Requião, para quem a vida de Zilda Arns foi “um exemplo de militância em favor da vida”.
“O prêmio pode ser concedido postumamente”, reforçou o governador de Santa Catarina, Estado natal de Zilda Arns. Segundo ele, a emoção tomou conta do povo catarinense. “Eu aqui interpreto este momento, porque embora não tenha vivido a maior parte do seu tempo nosso Estado, a doutora Zilda foi uma mulher que sempre teve o nosso Santa Catarina em seu coração”, disse.
Luiz Henrique revelou que a obra de Zilda Arns iniciada no Paraná se estendeu por Santa Catarina de uma forma muito forte: “Minha presença aqui interpreta o sentimento de saudade e de pesar. Ela se foi, mas fica o gesto, a atitude, o compromisso e a missão de servir. Não há nada mais importante na vida do que servir e ela era uma serva, não só da vontade de Deus, mas era uma serva da solidariedade e da verdade. É difícil imaginar este trabalho daqui pra frente sem a doutora Zilda. Há um ditado de que ninguém é insubstituível, mas substituí-la vai ser difícil”.
Zilda Arns Neumann, médica pediatra e fundadora da Pastoral da Criança, morreu as 75 anos vítima do terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira (12). Ela estava na capital, Porto Príncipe, onde fazia palestra sobre o trabalho da Pastoral da Criança.
No sábado (16), Dom Geraldo Majela Agnello irá celebrar uma missa de corpo presente, com participação restrita a familiares. A cerimônia começa às 14 horas será transmitida ao vivo pela TV Paraná Educativa. O corpo de Zilda Arns será enterrado no Cemitério Municipal da Água Verde – a cerimônia também será restrita aos familiares.