Gestão comunitária traz economia e rapidez na construção de moradias

A nova metodologia desenvolvida pela Cohapar tem um impacto social importante na vida dos futuros mutuários
Publicação
09/12/2003 - 00:00
Editoria
Casas que ficam prontas mais rapidamente e com custos menores, com projetos escolhidos pelos mutuários. É assim que são construídas as moradias do programa Casa da Família-PSH (Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social), em execução pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), em parceria com a Caixa Econômica Federal. As casas são construídas pelo sistema construtivo de gestão comunitária - metodologia desenvolvida pelos técnicos da Cohapar - que permite a participação efetiva da comunidade no processo de construção das unidades habitacionais. Os futuros moradores formam uma Associação, com diretoria e estatuto próprios, e firmam convênio de prestação de serviços com a Cohapar para orientação técnica para a construção das moradias. "O sistema foi adotado considerando o pouco conhecimento dos futuros moradores sobre administração de uma obra, o que acabaria onerando os custos dos materiais e da mão-de-obra, e permite um controle transparente dos gastos, com um custo final do empreendimento menor que o de um sistema construtivo convencional", diz o presidente da Cohapar, Luiz Claudio Romanelli. O sistema está sendo aplicado na construção de 53 conjuntos habitacionais do Casa da Família/PSH em todo o Paraná. Pela gestão comunitária, as parcelas de financiamento para materiais e a mão-de-obra são liberadas diretamente na conta bancária da Associação dos Moradores. O dinheiro é disponibilizado em parcelas programadas de acordo com as etapas executadas do cronograma, conforme a medição da obra. "A gestão comunitária permite um vínculo maior do morador com a sua casa e ele tem a garantia que as moradias serão de qualidade, uma vez que os técnicos da Cohapar farão o planejamento, implantação e fiscalização das obras", diz Romanelli. Além da economia e rapidez na construção das casas, a nova metodologia desenvolvida pela Cohapar tem um impacto social importante na vida dos futuros mutuários. "A formação e a manutenção da associação é uma atividade que fortalece a cidadania e facilita a organização de ações sociais futuras naquelas comunidades", salienta Romanelli. No programa Casa da Família-PSH, voltado para a população de renda de até três salários mínimos, as ações sociais serão desenvolvidas nos municípios, com a participação das prefeituras, instituições governamentais e não-governamentais. A prefeitura elaborará um plano de ação técnico-social, com assessoria dos técnicos da Caixa, que consiste na elaboração do diagnóstico sócio-econômico da população beneficiária e de um estudo da área e do empreendimento proposto. Por meio desse plano, serão propostas ações para o enfrentamento dos problemas existentes de saneamento básico, educacionais, de trabalho e renda, segurança, meio ambiente e organização comunitária, estabelecendo as instituições que terão envolvimento no processo. Os idosos e portadores de necessidades especiais terão atenção na gestão comunitária. "A Cohapar fará as adaptações necessárias nos imóveis para proporcionar maior conforto para essas pessoas", conclui Romanelli.