Gazeta do Povo tenta diminuir importância da Copel na Bolsa de Nova York

Em correspondência enviada ao jornal, a direção da companhia manifesta estranheza ao tratamento dado ao fato e diz que matéria não faz sentido
Publicação
03/08/2007 - 14:53
Editoria
Curitiba, 03 de agosto de 2007 À Editoria de Economia da Gazeta do Povo Prezados: Manifestamos nossa estranheza quanto ao tratamento dedicado por esse jornal ao comportamento das ações da Copel na NYSE (Bolsa de Nova York) no dia da celebração dos dez anos de listagem da Companhia naquele centro de negócios. O destaque dado ao recuo de 1,09% na cotação das ações PNB da Copel no pregão do dia 31, no nosso entendimento, não fez o menor sentido e nada agregou ao contexto do fato em si, principalmente diante da informação – dada logo em seguida – de que a cotação do papel da Copel caiu tanto quanto o conjunto das ações de todas as empresas negociadas em Wall Street, medido pelo índice Dow Jones (queda de 1,10%). E pior que isso, a matéria nada disse a respeito da valorização de 4,24% das ações ON da Copel no mesmo dia e na mesma Bolsa - a maior alta entre as ações de companhias brasileiras em Nova York. E também nada disse sobre o comportamento das ações ON da Copel no pregão da mesma terça-feira na Bovespa, que obtiveram valorização de 12,66% (a quarta maior alta do dia). Menção, apenas à variação de 0,48% das PNB. Também soou deslocada a seguinte observação: “O desempenho em nada interferiu, no entanto, na programação da comitiva liderada pelo governador Roberto Requião (...)”. Pergunta-se: deveria ter interferido? Não é razoável supor que homenagens prestadas pela NYSE às empresas que nela têm ações e títulos negociados guardem dependência com a variação da cotação dos seus papéis durante o pregão do dia. Assim, pareceu-nos que a intenção do texto publicado pela Gazeta do Povo na edição de 1o de agosto foi unicamente de diminuir a importância da homenagem prestada pela Bolsa de Nova York à Copel, deixando transparecer uma tendenciosidade que não enriquece a história da imprensa paranaense e cometendo uma injustiça contra a maior e mais importante empresa do Paraná. Por fim, informamos que estamos enviando cópia desta correspondência à Rádio CBN, de Curitiba, que dedicou tempo da sua programação para repercutir a notícia veiculada pela Gazeta do Povo. Atenciosamente, Luiz Antonio Rossafa Diretor de Gestão Corporativa (no exercício da Diretoria de Finanças e de Relações com Investidores)