A Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, instituição que integra o Sistema Paranaense de Ciência e Tecnologia, aplicou, em quatro anos (2003-2006), um total de R$ 82 milhões em 4.800 projetos, cerca de mil convênios e 54 chamadas públicas. A maior parte dos recursos – R$ 62 milhões são do Tesouro do Estado – e o restante proveniente de parcerias com órgãos federais. Do total aplicado no período, 63% foram direcionados às instituições estaduais de ensino superior; 19% às instituições federais; 3% às instituições privadas; e 3% às demais instituições de ciência e tecnologia. Em 2007, os recursos investidos no desenvolvimento da ciência e tecnologia paranaense somaram R$ 22 milhões. Os números foram apresentados segunda-feira (17), pelo presidente da Fundação, José Tarcísio Pires Trindade, durante reunião com cerca de 50 representantes da comunidade científica que compõem os Comitês Assessores de Áreas da instituição, (CAAs) realizada no auditório do Instituto para o Desenvolvimento Tecnológico – Lactec, em Curitiba. Os participantes também avaliaram os diversos programas executados neste ano e discutiram propostas para 2008. PROPOSTAS – Foram apresentadas propostas relacionadas a bolsas para professor visitante, para atuação junto aos cursos de pós-graduação – mestrado e doutorado – e a investimentos nos cursos de pós-graduação de nível três, a nota mínima exigida pelo MEC/CAPEs. “Isso vai ajudar, principalmente, os cursos recém-criados, como é o caso do curso de mestrado de Letras da Unioeste, que terá mais chances de se consolidar”, afirmou a professora Rita Félix Fortes. As propostas apresentadas pela comunidade científica para 2008 serão apreciadas pelo Conselho Superior da Fundação, presidido pela secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, e depois pelo Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT-PR), presidido pelo governador Roberto Requião. Em 2007, os programas e projetos apoiados com os recursos do Fundo Paraná foram debatidos com a comunidade científica, em todas as universidades estaduais, e também com pesquisadores das instituições federais de ensino. Como fruto dessa avaliação, informou ainda José Tarcísio, algumas metas para o novo ano serão colocadas em prática. Um exemplo é a ampliação do número de bolsas de iniciação científica júnior: 79 bolsas/ano adicionais as 159 financiadas pelo CNPq. Para os alunos que ingressaram no ensino superior pelo sistema de cotas sociais também haverá melhorias. “Estamos propondo, ainda, a criação de bolsas produtividade em pesquisa científica para docentes do sistema de ciência e tecnologia, equivalente ao nível 1 do CNPq”, anunciou. Na área da divulgação científica, e conforme ainda o presidente da Fundação, um comitê editorial criado em 2007 está analisando 118 propostas de publicação – livros e artigos, principalmente, cujos resultados serão anunciados em breve. Quanto à política de divulgação da Fundação propriamente dita, ele adiantou que a partir de 2008, no site da instituição, serão divulgados os resultados dos trabalhos apoiados pela instituição, incluindo relatórios de pesquisa, relatórios de bolsistas e artigos científicos. “Desta forma, a sociedade poderá, conhecendo os trabalhos apoiados pela Fundação, vislumbrar soluções para muitos de seus problemas que a ciência e a tecnologia podem proporcionar”, disse José Tarcísio. Além disso, estará disponível, para consulta, a lista dos projetos apoiados, bem como o montante dos recursos, data de início e previsão de término.