Um funcionário da central de inteligência da Secretaria de Segurança Pública que participou da Força Tarefa das polícias civil, militar e federal “Março Branco” sofreu um atentado nesta quarta-feira (27), logo depois de sair de seu trabalho, em Santa Felicidade. Ao deixar o local, por volta das 10h30, o funcionário percebeu que estava sendo seguido por um Passat Turbo prata. O mesmo carro já havia sido visto na frente da sede da Cisesp, há cinco dias. O motorista esteve no local fazendo fotos da central.
O Passat foi emparelhado ao carro da vítima e o motorista que fazia a perseguição apontou uma arma. O funcionário foi obrigado a jogar o carro que dirigia para o canto da rua, ele se abaixou dentro do veículo - saindo da linha de frente do tiro - colidiu contra o meio-fio e bateu a cabeça. Ao perceber que o criminoso estava fugindo, ele passou a persegui-lo, mas não conseguiu alcançá-lo.
O motorista do Passat foi visto há 5 dias na frente da Cisesp, tentando entrar no prédio da central de inteligência, mas foi barrado por seguranças. Ele perguntou por pessoas que trabalham no local alegando ser amigo deles. Os seguranças negaram o acesso e disseram que não haviam sido informados sobre qualquer reunião no local. Depois da tentativa, ele parou a uma certa distância da sede de Santa Felicidade e foi visto fazendo fotos da fachada do prédio. A polícia investigou o Passat e concluiu que a placa era fria. A vítima já registrou a ocorrência da delegacia de homicídios, que está investigando o caso.
Suspeito - No depoimento que prestou à CPMI da Terra, em Brasília, o tenente-coronel Valdir Copetti Neves, acusado de Tráfico Internacional de Armas, Formação de Quadrilha Armada, Violação dos Direitos Humanos, Falso Testemunho, Tráfico de Drogas e Homicídio entregou aos membros da comissão fotografias da fachada da Cisesp.
Para o secretário Luiz Fernando Delazari, a atitude do coronel Neves faz dele o principal suspeito da tentativa de homicídio contra o funcionário da Cisesp. “Essa atitude não é mera coincidência e o tenente coronel Neves passa a ser a principal suspeita de ser o mandante do atentado. Vou exigir o máximo de rigor nas investigações. Ele precisa entender que nosso trabalho é sério e que os criminosos serão punidos, doa a quem doer”, reforçou Delazari.