Foz do Iguaçu ganha Casa do Trabalhador Brasileiro

Cidade é a primeira do país a receber o centro que vai tirar dúvidas sobre legislação trabalhista para os brasileiros que trabalham no Paraguai
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23/06/2008 - 11:50
Editoria
Foz do Iguaçu será a primeira cidade do país a sediar a Casa do Trabalhador Brasileiro, do Governo Federal. Instalada próximo da Ponte da Amizade, no antigo módulo da Polícia Militar, a casa atenderá trabalhadores brasileiros, que vivem no Paraguai ou Argentina, e precisem de atendimentos e orientação em relação aos direitos e deveres como migrantes. O projeto prevê ainda a realização de cursos de qualificação profissional de acordo com as necessidades do sistema produtivo local. O município foi escolhido para a implantação do projeto piloto, depois que estudo, encomendado pelo Conselho Nacional de Imigração, apontou a existência de aproximadamente 300 mil brasileiros na principal área de fronteira do Brasil com o Paraguai. O secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, considera a escolha do município paranaense como uma importante forma de reconhecimento aos trabalhadores da região. “Por sua proximidade com os demais países do Sul, o Paraná é um Estado de emigração, e precisa de instituições preparadas para auxiliar os cidadãos, no que for necessário, seja no Brasil ou no exterior”, disse. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), outros centros devem ser abertos em países com grande população de brasileiros migrantes, como Japão, Estados Unidos, Espanha e Portugal. O objetivo, segundo o MTE, é oferecer serviço de informação gratuito e em português, sobre a legislação trabalhista e previdenciária desses países, esclarecer sobre validade de documentos e direito a fazer remessas, entre outras informações. “A inauguração desta Casa é a primeira de muitas outras. Com isso, pretendemos criar integração entre os povos. O governo tem o compromisso de cuidar do seu cidadão, em qualquer lugar do mundo”, adiantou o ministro Carlos Lupi. Outra preocupação do projeto é evitar que os brasileiros com baixa qualificação e que não possuem domínio da língua estrangeira se submetam a trabalhos considerados degradantes. O MTE estima que 4 milhões de brasileiros vivam no exterior.