Fórum da Tríplice Fronteira será confirmado nesta sexta-feira

Chamada Geral pela Integração Latino-Americana servirá de prévia aos debates do evento, programado para maio de 2008, em Foz do Iguaçu
Publicação
04/07/2007 - 17:35
O III Fórum Social da Tríplice Fronteira será confirmado nesta sexta-feira (06), em Curitiba, durante a Chamada Geral pela Integração Latino-Americana, realizada até sábado (07), no Centro de Convenções de Curitiba. A reunião servirá de prévia aos debates do evento, programado para maio de 2008, em Foz do Iguaçu. As edições anteriores ocorreram em Puerto Iguazú (Argentina, em 2004) e em Ciudad del Este (Paraguai, em 2006). O Fórum da Tríplice Fronteira segue a mesma linha do Fórum Social Mundial, mas canaliza apenas os interesses dos trabalhadores e líderes cívicos ao promover a integração continental. Os debates devem concentrar-se em eixos temáticos relacionados aos problemas que afetam a região da tríplice fronteira. As propostas atenderão, em primeiro plano, os projetos de desenvolvimento sustentável do Brasil, Argentina e Paraguai. O favorecimento não se refere ao simples fato da identificação geográfica, mas sim à base que se pretende criar a partir da região de Foz do Iguaçu, a fim de promover a integração linear dos povos da América Latina. “A região da fronteira trinacional seria o nódulo e o marco geográfico, cultural, social e econômico para empurrarmos de maneira sólida a integração de todo o continente”, diz Rubens Diniz, um dos organizadores do fórum. O encontro quer ainda responder aos acordos traçados durante os fóruns anteriores, quando as autoridades e os dirigentes definiram estratégias sociais ao bloco. Ela faz parte do movimento nacional de debates relativos à América Latina. A idéia é propor soluções de problemas fronteiriços, entre eles, a questão dos recursos naturais, como o Aqüífero Guarani, uma das maiores reservas de água potável do mundo. O reservatório estaria atraindo interesses econômicos de países desenvolvidos como os EUA. Diálogo - Outros temas programados são o contrabando de mercadorias e produtos importados do Paraguai, a imigração clandestina e uma suposta militarização da região, principalmente no Paraguai e em áreas próximas a floresta amazônica. O fórum fornecer um panorama dos problemas da região em parceria com os movimentos sociais que compõe o Cone Sul. Os organizadores do evento avaliam o Fórum Social da Tríplice Fronteira como espaço de debate democrático de idéias, reflexão, formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ONGs e outras organizações da sociedade civil, que opõem-se ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo. Uma das características é a pluralidade e a diversidade, sem caráter confessional, governamental ou partidário, apesar da transparente bandeira a favor da defesa dos interesses políticos da área. Com base nisso, o projeto deseja facilitar a articulação, de forma descentralizada e em rede, de entidades e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional.