Equipes da Força Verde apreenderam nesta sexta-feira (3), na Serra do Mar, duas caminhonetes cheias de palmitos cortados irregularmente. A apreensão de cerca de 1,5 mil unidades da palmeira foi feita durante mais uma etapa da “Operação Caápua”, criada há uma semana e que está intensificando as fiscalizações em todo o Estado. Apesar da apreensão não foi preso nenhum infrator, pois ao verem os policiais os dois motoristas fugiram do local. Todo o palmito apreendido será doado para instituições de caridade. De acordo com o comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, coronel João Alves da Rosa Neto, a Operação visa minimizar as infrações cometidas, principalmente por caçadores, palmiteiros, pescadores em situação irregular e depredadores ambientais em geral. “Serão incursões frequentes e que não terão data para terminar. Estamos de olho e não seremos coniventes com os criminosos do meio ambiente, em especial, com as práticas ilegais de caçadores, palmiteiros e outros infratores”. João Alves também ressaltou a importância da participação da sociedade na preservação do Meio Ambiente. “Todos aqueles que constatarem crimes contra a fauna e a flora podem fazer denúncias à Força Verde. Precisamos do apoio da comunidade, pois o Meio Ambiente é dever de todos, não apenas do Estado”, completou. CAÇA ILEGAL – Devido ao grande número de denúncias recebidas a respeito da caça ilegal no Estado, o governador Roberto Requião, determinou ao Batalhão da Polícia Ambiental Força Verde a intensificação das operações para coibir a prática. Durante a primeira semana da “Operação Caápua”, realizada em Cerro Azul, Tunas do Paraná, Doutor Ulysses, Rio Branco do Sul e na Serra do Mar os policiais apreenderam 11 armas de fogos, 1 arma de pressão, 1 motoserra, além de pólvora e munição utilizadas por caçadores. Segundo o tenente Álvaro Gruntovinski, os caçadores de animais silvestres costumam agir com mais intensidade entre os meses de maio e agosto. “É o período de reprodução das espécies e também quando os animais ficam mais vulneráveis. Por isso também estaremos intensificando nossas ações nesse período”, explicou o tenente Álvaro. As denúncias sobre caça ilegal, corte irregular de árvores e outros crimes ambientais podem ser feitas diretamente através do telefone: 0800-6430304. Não é preciso se identificar. O objetivo da Operação, segundo o tenente Gustavo Mangue, que comanda os trabalhos de fiscalização, é proteger a riqueza da fauna paranaense e evitar o desaparecimento de algumas espécies presentes na Mata Atlântica. “Pretendemos com este novo grupo de fiscalização preservar ainda mais a biodiversidade de animais presentes na Mata Atlântica, que sofrem cada vez mais com as caças ilegais”, afirmou.