O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria teve aumento em outubro deste ano de 10,5% no Paraná em relação a setembro, conforme pesquisa de emprego na indústria divulgada nesta quarta-feira (10) pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O Paraná em segundo lugar atrás apenas de São Paulo, onde o incremento salarial partiu dos meios de transportes (6,1%), produtos de metal (18,2%) e minerais não-metálicos (25,1%). No Paraná, a folha de pagamento dos trabalhadores da indústria aumentou devido aos impactos de máquinas e equipamentos (34,7%) e alimentos e bebidas (13,8%). Em terceiro lugar ficou Minas Gerais, com aumento na ordem de 10,3%, devido ao impacto de meios de transportes (24,5%), minerais não-metálicos (20,4%) e indústria extrativa (23,6%). No acumulado do ano – janeiro a outubro – o aumento na folha de pagamento destes trabalhadores paranaenses foi de 8,31% e, nos últimos 12 meses, de 7,09%. Em âmbito nacional, o crescimento da folha foi de 5,1% ou seja bem menor do índice verificado pelo IBGE no Paraná. A pesquisa aponta acréscimo em todas os quartoze estados e regiões pesquisados pelo IBGE, que constatou que em outubro o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, descontado o efeito sazonal, variou -0,2% em relação ao mês imediatamente anterior, após ter crescido 2,7% em setembro. A variação negativa de outubro não chegou a interromper a trajetória de crescimento, como mostra o índice de média móvel de outubro (0,7%), medido entre os trimestres encerrados em setembro e outubro, que cresce há quatro trimestres consecutivos, acumulando ganho de 3,2%. Ainda na comparação com outubro de 2007, a folha de pagamento real cresceu em onze dos dezoito ramos investigados. Nesse corte, os impactos positivos mais expressivos vieram de meios de transportes (8,9%), máquinas e equipamentos (9,8%) e minerais não-metálicos (21,1%). Em sentido inverso, as pressões negativas mais relevantes foram observadas em papel e gráfica (-5,3%) e outros produtos da indústria de transformação (-7,8%). O indicador acumulado assinalou expansão de 6,6%, mostrando em todos os locais acréscimos na folha de pagamento real. Nesse tipo de comparação, os impactos positivos de maior peso localizaram-se em Minas Gerais (9,5%), Paraná (8,3) e São Paulo (7,5%). No Paraná, a atividade de maior influencia positiva foi máquinas e equipamentos, com 32,7%.