As unidades de conservação e outras áreas de proteção integral como os parques, representam umas das principais contribuições para a manutenção e conservação da biodiversidade de uma região. A Floresta Estadual do Palmito, localizada em Paranaguá e que possui 530 hectares de remanescentes florestais, atua hoje como abrigo para diversas espécies da fauna e da flora.
No local podem ser encontradas cerca de 12 espécies de aves consideradas extintas segundo a Lista Vermelha da Fauna Ameaçada do Paraná e do Brasil. Entre elas, o Gavião Pombo Pequeno, Maria Leque, Patinho Grande (parente do Bentevi), Corocoxó, Araponga e outras cinco espécies de Martim Pescador que só são vistas no Brasil, incluindo o Paraná.
"A criação de Unidades de Conservação é uma estratégia importante para a proteção da biodiversidade e para resguardar amostras significativas desses sistemas naturais característicos do estado”, disse o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso. Para o secretário, as pesquisas científicas nos últimos anos colaboraram para conservação e manutenção de algumas áreas protegidas, especialmente para o monitoramento da fauna local.
O pesquisador Eduardo Carrano, biólogo, professor universitário e mestre em Conservação da Natureza estuda, desde abril de 2001, a avifauna – espécies de aves da fauna silvestre - na Floresta Estadual do Palmito. A pesquisa de Carrano pode ser considerada o mais longo estudo com fauna em Unidades de Conservação estaduais, de acordo com levantamento do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Até o momento, ele registrou 258 espécies de aves e colocou anéis em mais de 3 mil exemplares de pássaros (pertencentes a 102 destas espécies) e que estão sendo monitorados.
A área foi escolhida pelo pesquisador por se tratar de um remanescente de floresta de baixada (terras baixas) e ao lado da Estação Ecológica do Guaraguaçu, ambas apresentam grande relevância como refúgio de fauna na região, principalmente das espécies que preferencialmente vivem em altitudes menores. “Esta área possui uma importância imensurável para proteção da fauna nativa, demonstrando o valor de uma área de floresta intocada, mesmo que relativamente pequena”, afirma Carrano.
LISTA VERMELHA – o pesquisador coordena a revisão da Lista Vermelha das Aves ameaçadas de extinção que deverá ser concluída e publicada pelo IAP até o fim de junho, apresentando um número maior de aves estudadas. A lista de espécies ameaçadas de extinção apresenta taxa de ameaça em uma determinada região com o objetivo de promover sua conservação.
A primeira Lista das Espécies Ameaçadas no Paraná foi publicada em 1995, revisada pela primeira vez em 2004, tendo a sua segunda revisão iniciada em 2009. Na última versão 158 espécies de aves foram estudadas e entre as que corriam o risco de extinção, o Gavião Real, Arpia e o Guará. Diferentemente de outras listas como a de mamíferos, a lista de aves conta com um número de 800 espécies para serem estudadas.
“O pássaro Guará deverá sair da lista de espécies ameaçadas. A ave voltou a existir no Paraná devido ao grande número de ninhais monitorados no estado de São Paulo e também, aos altos índices de preservação dos mangues paranaenses”, afirma Carrano.
Popularmente conhecida como Guará, a ave Eudocimus Ruber é uma espécie de marreco que se alimenta de caranguejos. Essa espécie era característica no litoral paranaense já foi considerada extinta.
Perda – atualmente a perda de habitat é considerada a maior causa de redução da biodiversidade no planeta, de acordo com pesquisas de entidades não-governamentais internacionais. “A extinção de um habitat natural para os animais representa a perda do local onde ele se alimenta, onde tem abrigo e onde se reproduz e é a maior causa de redução da biodiversidade”, diz Carrano.
As espécies exóticas invasoras aparecem na segunda colocação. Dados da diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP (Dibap), confirmam que muitos animais que não pertencem à nossa fauna são trazidos ao Paraná e frequentemente são abandonados, escapam ou fogem, competindo diretamente com as espécies nativas por alimento e espaço.
O gerente da Floresta do Palmito, Aneuri Moreira Lima, diz que as Unidades de Conservação prestam um serviço a mais para natureza e a para proteção da biodiversidade. “Elas representam uma fração de determinado tipo de bioma”, destaca.
O trabalho dos pesquisadores, aliado a participação da comunidade que vive no entorno das unidades contribui para a manutenção do Parque e proporciona um equilíbrio científico e social. “Damos suporte à pesquisa e paralelamente mantemos um trabalho de educação ambiental com a comunidade mostrando que a proteção da floresta trará benefícios para suas famílias”, afirma Aneuri.
O Paraná possui 66 unidades de conservação das quais 43 são unidades de conservação de Proteção Integral e 23 unidades de conservação de Uso Sustentável, que somam 1.844.171,62 milhões de hectares, representando 9,16% do território paranaense.
No local podem ser encontradas cerca de 12 espécies de aves consideradas extintas segundo a Lista Vermelha da Fauna Ameaçada do Paraná e do Brasil. Entre elas, o Gavião Pombo Pequeno, Maria Leque, Patinho Grande (parente do Bentevi), Corocoxó, Araponga e outras cinco espécies de Martim Pescador que só são vistas no Brasil, incluindo o Paraná.
"A criação de Unidades de Conservação é uma estratégia importante para a proteção da biodiversidade e para resguardar amostras significativas desses sistemas naturais característicos do estado”, disse o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso. Para o secretário, as pesquisas científicas nos últimos anos colaboraram para conservação e manutenção de algumas áreas protegidas, especialmente para o monitoramento da fauna local.
O pesquisador Eduardo Carrano, biólogo, professor universitário e mestre em Conservação da Natureza estuda, desde abril de 2001, a avifauna – espécies de aves da fauna silvestre - na Floresta Estadual do Palmito. A pesquisa de Carrano pode ser considerada o mais longo estudo com fauna em Unidades de Conservação estaduais, de acordo com levantamento do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Até o momento, ele registrou 258 espécies de aves e colocou anéis em mais de 3 mil exemplares de pássaros (pertencentes a 102 destas espécies) e que estão sendo monitorados.
A área foi escolhida pelo pesquisador por se tratar de um remanescente de floresta de baixada (terras baixas) e ao lado da Estação Ecológica do Guaraguaçu, ambas apresentam grande relevância como refúgio de fauna na região, principalmente das espécies que preferencialmente vivem em altitudes menores. “Esta área possui uma importância imensurável para proteção da fauna nativa, demonstrando o valor de uma área de floresta intocada, mesmo que relativamente pequena”, afirma Carrano.
LISTA VERMELHA – o pesquisador coordena a revisão da Lista Vermelha das Aves ameaçadas de extinção que deverá ser concluída e publicada pelo IAP até o fim de junho, apresentando um número maior de aves estudadas. A lista de espécies ameaçadas de extinção apresenta taxa de ameaça em uma determinada região com o objetivo de promover sua conservação.
A primeira Lista das Espécies Ameaçadas no Paraná foi publicada em 1995, revisada pela primeira vez em 2004, tendo a sua segunda revisão iniciada em 2009. Na última versão 158 espécies de aves foram estudadas e entre as que corriam o risco de extinção, o Gavião Real, Arpia e o Guará. Diferentemente de outras listas como a de mamíferos, a lista de aves conta com um número de 800 espécies para serem estudadas.
“O pássaro Guará deverá sair da lista de espécies ameaçadas. A ave voltou a existir no Paraná devido ao grande número de ninhais monitorados no estado de São Paulo e também, aos altos índices de preservação dos mangues paranaenses”, afirma Carrano.
Popularmente conhecida como Guará, a ave Eudocimus Ruber é uma espécie de marreco que se alimenta de caranguejos. Essa espécie era característica no litoral paranaense já foi considerada extinta.
Perda – atualmente a perda de habitat é considerada a maior causa de redução da biodiversidade no planeta, de acordo com pesquisas de entidades não-governamentais internacionais. “A extinção de um habitat natural para os animais representa a perda do local onde ele se alimenta, onde tem abrigo e onde se reproduz e é a maior causa de redução da biodiversidade”, diz Carrano.
As espécies exóticas invasoras aparecem na segunda colocação. Dados da diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP (Dibap), confirmam que muitos animais que não pertencem à nossa fauna são trazidos ao Paraná e frequentemente são abandonados, escapam ou fogem, competindo diretamente com as espécies nativas por alimento e espaço.
O gerente da Floresta do Palmito, Aneuri Moreira Lima, diz que as Unidades de Conservação prestam um serviço a mais para natureza e a para proteção da biodiversidade. “Elas representam uma fração de determinado tipo de bioma”, destaca.
O trabalho dos pesquisadores, aliado a participação da comunidade que vive no entorno das unidades contribui para a manutenção do Parque e proporciona um equilíbrio científico e social. “Damos suporte à pesquisa e paralelamente mantemos um trabalho de educação ambiental com a comunidade mostrando que a proteção da floresta trará benefícios para suas famílias”, afirma Aneuri.
O Paraná possui 66 unidades de conservação das quais 43 são unidades de conservação de Proteção Integral e 23 unidades de conservação de Uso Sustentável, que somam 1.844.171,62 milhões de hectares, representando 9,16% do território paranaense.