Ainda no ritmo das atividades do Festival, os estudantes participaram do final das oficinas e apresentaram os resultados dos trabalhos desenvolvidos. Na Escola Estadual Leôncio Correia, que serviu de alojamento para estudantes e também foi um espaço para algumas oficinas como confecção de bandeiras e estandartes, cinema, rádio, hip hop e roda de capoeira, alguns estudantes já demonstram uma certa saudade do Festival. “Fiz muitos amigos aqui, gostei muito do Festival e quero voltar no próximo ano”, disse o aluno Elio Fernandes, 17.
“Eu achei o Festival interessante. Nunca tinha participado”, comentou o aluno Lucas Carlos da Silva, 11, enquanto assistia atentamente a finalização da oficina de cinema, na qual os alunos produziam um filme. “Você sabia como eram feitos os filmes? Eu nunca tinha visto...” afirmou admirado. Para Lucas, além da lembrança dos bons amigos feitos durante o evento, também vai levar uma nova vocação, descoberta durante o Festival. “Aprendi a tocar caixa na oficina de fanfarra e flauta doce. Também sei agora fazer fantoches. Agora acho que nem vou mais sair tanto na rua, quero ficar em casa e aprender mais música, tocar caixa, participar de fanfarras... Aprendi muita coisa diferente no Fera”, refletiu.
Para Valter Rogério Faustino, 14, a oportunidade de participar do Fera trouxe uma nova forma de pensar. “Gostei dos fantoches e brinquedos feitos de material reciclável, dá para aproveitar tudo e transformar em diversão o que seria lixo”, opinou. Foi a primeira participação de Valter no festival, que diz já aguardar a próxima edição. “Foi muito bacana, fiz muitos amigos, espero voltar”, disse.
Aldeia Karuguá – Índios da Aldeia Karuguá da etnia tupi-guarani também participaram do Fera, em oficinas e realizaram apresentações da dança do guerreiro durante o Festival. Segundo a professora Izabel Goulart da Costa, que leciona na escola da aldeia e está acompanhando os alunos no Festival, a integração entre os estudantes é um dos principais triunfos do Festival. “Quando choveu, foi dada a alternativa para eles retornassem a aldeia. Mas eles preferiram continuar participando do Festival, estão muito felizes e aprender outras coisas, conviver com outra cultura e também ensinando um pouco da cultura tupi guarani aos outros estudantes. É uma troca muito positiva”, afirmou Izabel.
Festival de Arte supera as expectativas para estudantes
Alunos das escolas públicas já se preparam para deixar os alojamentos, mas confirmam que estão ansiosos pela próxima edição do Festival de Arte da Rede Estudantil
Publicação
06/09/2005 - 19:10
06/09/2005 - 19:10
Editoria