A Ferroeste virou notícia internacional na Railway Gazzette, uma das mais importantes revistas ferroviárias do mundo. A mais recente edição da revista traz a reportagem “Ferroeste consolidates its expansion plans” (“Ferroeste consolida planos de expansão”). O periódico inglês, especializado no setor ferroviário, dedica duas páginas, com chamada de capa, para os projetos de expansão da companhia estatal paranaense. “A repercussão internacional do projeto de expansão da Ferroeste é fruto do reconhecimento da sua importância para a integração e o desenvolvimento do Brasil e da América do Sul. A Ferroeste é um projeto de integração nacional e sul-americana”, afirma o presidente da empresa, Samuel Gomes. “O trajeto desta grande caminhada” continua o dirigente, “começou com um grandioso e heróico primeiro passo: a construção pelo Paraná do primeiro trecho, entre Cascavel e Guarapuava, no primeiro governo Requião, em parceria com o Exército Brasileiro, o que exigiu um investimento de US$ 363 milhões, que o Tesouro do Estado suportou sozinho, sem ajuda federal. A obra é do Paraná e está paga e vale hoje em torno de R$ 800 milhões de reais”. “O segundo passo”, prossegue o presidente da Ferroeste, “igualmente memorável, foi a retomada da operação da ferrovia na Justiça pelo Estado do Paraná, em 2006, depois de dez anos de paralisia e pilhagem de uma empresa privada ‘vencedora’ de um leilão de privatização ‘mandrake’. Agora, é caminhar para consolidar o projeto, em aliança com os estados do Sul, o governo federal e do Paraguai, Argentina e Chile”. O reconhecimento internacional deste projeto magnífico é merecido”. Ferroeste em foco “Quando terminadas”, diz a Railway Gazzette International, as novas linhas da Ferroeste “vão conectar os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Oeste de Santa Catarina, assim como o Paraguai, com o Oceano Atlântico”. A revista prossegue informando que os três estados respondem, atualmente, por 20% da produção agrícola brasileira e que “a projeção da demanda anual na área servida pelas novas linhas é de 20 milhões de toneladas por ano”. O veículo inglês ressalta, em sua matéria, que a ampliação da Ferroeste está sendo articulada pelos governos do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, com o apoio do Governo Federal. A revista prossegue detalhando os projetos de ampliação da empresa: a ligação Cascavel-Maracaju (MS); os ramais Guarapuava-Porto de Paranaguá e Cascavel-Foz do Iguaçu; e a extensão da linha para o Sudoeste do Estado até Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Bem informada, a revista inglesa lembra a Reunião de Integração Ferroviária Argentina-Brasil-Chile-Paraguai, da qual participou o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, em 29 de maio de 2008, em Buenos Aires, que definiu prazo entre cinco e dez anos para a criação do “corredor bioceânico” ligando terminais portuários do Paraná e Santa Catarina ao porto de Antofagasta, no Chile. Ainda em 2008, nos dias 26 e 27 de agosto, a Ferroeste e a Associação Latino-Americana de Ferrovias (Alaf) realizaram em Curitiba um Seminário Internacional com a presença de empresas ferroviárias públicas e privadas de toda a América do Sul. Participaram quatorze países, como Argentina, Peru, Paraguai, Bolívia, Costa Rica, Guatemala e México, além de empresas brasileiras. Estados Unidos e Espanha enviaram palestrantes. Um dos principais assuntos discutidos no encontro diz respeito ao projeto do corredor ferroviário bioceânico. A revista A história da Railway Gazette International começou em 1835, junto com a evolução dos trens. Foi um periódico pioneiro, no mundo, ao se especializar em notícias do setor ferroviário. Depois de mudar de nome várias vezes (The Railway Magazine, Railway Journal, The Railway Times), o foco mundial da revista levou os editores a criar o nome atual, Railway Gazette International, em outubro de 1970. A revista também possui um site na internet no endereço www.railwaygazette.com.