O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, participa nesta quarta-feira (16) da primeira edição do Encontro de Comércio Exterior no Mercosul (Encomex Mercosul), em Foz do Iguaçu, promovido pelo Governo Federal em parceria com o Governo do Estado, Itaipu, Ministério da Agricultura e Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul). Gomes falará no Foro Binacional dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu (Brasil/Paraguai) sobre o papel da Ferroeste na integração da fronteira e no desenvolvimento da região. Segundo o assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SAF), Alberto Kleiman, um dos organizadores do evento, “o Governo do Paraná e a Ferroeste, em particular, tem contribuído de forma importante para a integração do Mercosul: o Paraná faz – aqui não é um Mercosul de retórica”, declara. O assessor especial da SAF considera que o debate regional já está em andamento. “Queremos apenas favorecê-lo”. Por isso, explica, o Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da SAF, buscaram a parceria do Governo do Paraná e da Ferroeste. Em relação à logística de transporte, Kleiman observa que “não adianta alinhavar parcerias comerciais quando não se tem como escoar a produção”. Por isso, diz ele, “a Ferroeste tem um papel fundamental” no processo de aproximação com os países do Mercosul ¨devido ao projeto de extensão da ferrovia ao Paraguai no eixo Cascavel-Foz¨. Para os organizadores do Encomex Mercosul, diz Kleiman, “a Ferroeste, em especial, é um ator de extrema importância no processo de aproximação com o Paraguai”. A Ferroeste, ressalta, sabe “alorizar o Paraguai produtivo” A integração do Paraguai, um país mediterrâneo, sem saída para o mar, com a rede ferroviária brasileira depende apenas de um ramal de 170 quilômetros, entre Cascavel e Foz do Iguaçu, explica o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, e de uma ponte ferroviária sobre o rio Paraná, até Puerto Presidente Franco ou outro município na fronteira. A obra “é perfeitamente viável e se paga com o transporte de cargas do Paraguai” país vizinho que movimenta de oito a dez milhões de toneladas por ano. Há uma década, lembra Gomes, por conta do alto custo do frete rodoviário, com a cobrança do pedágio, os produtores paraguaios deixaram de exportar pelo Porto de Paranaguá. O presidente da Ferroeste lembra que parte do projeto da ferrovia ligando Cascavel a Foz do Iguaçu, trecho que integra o corredor bioceânico Paranaguá-Antofagasta-Mejillones, no Chile, está pronto. “O ramal já conta com projeto final de engenharia”, informa, “que precisa apenas ser atualizado”. Em maio de 2008, durante encontro na sede da Amsop (Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná), em Francisco Beltrão, sobre os recursos do PAC (Projeto de Aceleração do Crescimento), Julio Hector Marin, também assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, já havia afirmado: “É um belo projeto este da Ferroeste. O governo federal vai acompanhar e ajudar no que for possível nesse processo de integração logística através dos trilhos. É um projeto que tem tudo para dar certo”, disse. AGENDA O QUE: Encomex Mercosul – logística de transporte no Foro Binacional dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu (Brasil/Paraguai). QUEM: Samuel Gomes (Ferroeste). QUANDO: 4a-feira, 16 de setembro, das 13h30 às 16h. ONDE: Rafain Palace Hotel & Convention Center – Sala C1. Av. Olimpio Rafagnin, 2537. Foz do Iguaçu – PR