“Ferroeste ganha eficiência com gestão pública”

Artigo assinado por Waldyr Pugliesi, deputado estadual, líder do PMDB na Assembléia Legislativa e presidente do Diretório Estadual do PMDB
Publicação
13/04/2009 - 15:55
Editoria
A Ferroeste fechou o primeiro trimestre de 2009 com novo recorde histórico em movimentação de cargas e provou mais uma vez que a mão do Estado é fundamental em empresas essenciais ao desenvolvimento econômico e social da população. Além de melhorar a eficiência do serviço, a ferrovia garante aos produtores das regiões Oeste e Sudoeste do Paraná, menor custo no transporte de grãos e implementos agrícolas. A Estrada do Ferro Paraná Oeste, assim como o Banestado e parte da Sanepar (Companhia de Saneamento), foi doada para a iniciativa privada durante o neoliberalismo econômico que antecedeu o governo Roberto Requião do PMDB, em janeiro de 2003. Outras empresas públicas, como a Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica), o Porto de Paranaguá e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), por pouco não tiveram o mesmo destino. A ferrovia, de 248 quilômetros que liga o Oeste do Paraná ao Porto de Paranaguá, foi construída em parceria com o Exército Brasileiro no primeiro Governo Requião, de 1991 a 1994. O transporte ferroviário foi privatizado no final de 1996, em leilão que teve a participação de apenas uma empresa. A gestão da ferrovia foi devolvida ao Governo do Estado em dezembro de 2006, por uma decisão da Justiça. Atualmente a Ferroeste opera com eficiência e caminha a passos largos para chegar até o Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraguai e Paranaguá. O projeto de expansão prevê a construção de 1.200 quilômetros de linha férrea, integrando a região Sul ao restante do Brasil e a América do Sul. A iniciativa terá apoio do Governo Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, segundo anunciou a ministra Dilma Rousseff no seminário sobre a crise econômica em Foz do Iguaçu. Pela proposta, a ferrovia paranaense terá ramais ligando Cascavel, Guaíra e Maracaju, no Mato Grosso do Sul e Cascavel a Foz do Iguaçu, Paraguai e Argentina. Nos três primeiros meses deste ano a Ferroeste, única ferrovia com gestão pública do Brasil, registrou recordes sucessivos totalizando 457,8 mil toneladas transportadas nos dois sentidos da ferrovia entre Guarapuava e Cascavel. O desempenho da produção de janeiro a março de 2009 superou em 63,6 mil toneladas o volume transportado no primeiro trimestre do ano passado, que foi de 394,2 mil toneladas. Mas não é só isso, a perspectiva da Ferroeste para 2009 não poderia ser melhor. A empresa pública deverá registrar o maior volume de transportes de cargas (exportação e importação) de sua história, chegando a 1,9 milhão de toneladas. Isso vai representar 150 mil toneladas a mais que o verificado no mesmo período em 2008, ou seja, um acréscimo de 8,4%. Os números mostram uma realidade muito diferente daquela registrada na operação da ferrovia sob gestão privada. Em 10 anos, a má gestão fez com que a empresa deixasse de transportar mais de 20 milhões de toneladas. A participação dos produtores e da população das regiões atingidas na administração da Ferroeste é outro diferencial da gestão pública da estatal. Recentemente o governador Requião lançou um projeto para aquisição de novos vagões e locomotivas, possibilitando a ampliação da capacidade de transporte pela ferrovia. (*) Waldyr Pugliesi é deputado estadual, líder do PMDB na Assembléia Legislativa e presidente do Diretório Estadual do PMDB (www.waldyrpygliesi.com.br – e-mail waldyr@waldyrpugliesi.com.br)