A Ferroeste, ferrovia pública de 248 quilômetros que liga Guarapuava à Cascavel (Centro-Oeste e Oeste do Paraná), está entre as melhores empresas do Paraná e da região Sul do Brasil. A constatação é da pesquisa da consultoria PriceWaterhouseCoopers, a pedido da revista Amanhã – Gestão, Economia e Negócios e divulgada durante a semana. A consulta, com patrocínio do Governo Federal, Petrobrás, Nextel e Forde, é anual e tem como meta destacar as 100 maiores empresas paranaenses e as 500 maiores do estados do Sul (incluindo Santa Catarina e Rio Grande do Sul). “De acordo com a pesquisa, a Ferroeste está colocada em 57º lugar entre as 100 maiores empresas do Paraná e na 156ª posição entre as 500 maiores empresas do Sul do Brasil”, informou o presidente Samuel Gomes, em ofício ao governador Roberto Requião. A avaliação para determinar a posição de cada empresa focou o balanço, comparando os dois últimos exercícios, nos itens Valor Ponderado de Grandeza (VPG), resultado da soma, com pesos específicos, dos três principais componentes do balanço: patrimônio líquido (50%), receita bruta (40%) e resultado – lucro ou prejuízo (10%); Receita Bruta e Patrimônio Líquido. A Ferroeste, construída para dar vazão a produção agrícola da região Oeste e facilitar o acesso a insumos aos agricultores, resulta de uma parceria do Governo do Paraná com dois batalhões do Exército Brasileiro. As obras, que demandaram investimento superior a US$ 363 milhões de recursos do tesouro do Estado, foram executadas de 1991 a 1994, no primeiro Governo Requião. Em 1996 o governo Jaime Lerner leilou a subconcessão. A ferrovia retornou à gestão pública em 18 de dezembro de 2006, após a justiça decretar à falência da Ferropar, grupo privado que venceu a licitação com a proposta única de R$ 25,6 milhões. Samuel informa que é a primeira vez que a Ferroeste aparece no levantamento da PriceWaterhouseCoopers. O resultado positivo, segundo ele, não é o único motivo para comemoração. “Nnossa Companhia tem o 24º maior patrimônio líquido entre as empresas paranaenses e é uma das 12 empresas paranaenses que ingressaram no ranking das 100 maiores nesta edição da pesquisa”. ENDIVIDAMENTO – A pesquisa aponta ainda a Ferroeste como a detentora do 10º menor endividamento entre as 100 maiores empresas do Paraná. “Tal situação já seria confortável. Todavia, é preciso dizer que a situação econômico-financeira da Ferroeste é ainda melhor do que revela a pesquisa, pois tem o menor endividamento dentre as grandes empresas paranaenses. Neste aspecto, a pesquisa está equivocada”, destaca Samuel. De acordo com o presidente, o Balanço Patrimonial apresenta no Ativo Circulante e no Passivo Circulante a importância de R$ 43.458.342,94, em 31 de dezembro de 2006, relativa a parcelas vencidas do contrato de subconcessão não pagas pela Ferropar, cujo registro com efeito compensatório não altera o resultado do exercício pelo não reconhecimento da receita. “Assim, expurgando este valor do balanço encerrado nesta data, o Ativo Circulante teria a importância de R$ 6.796.516,94 e o Passivo Circulante de R$ 205.342,59. Logo, a Ferroeste passaria da 10ª posição para a 1ª entre os menores endividamentos dentre as 100 maiores empresas do Paraná”. Os indicadores da pesquisa, na avaliação de Samuel, mostram ao governo federal, sociedade e mercado que a Ferroeste representa uma excelente oportunidade de investimento. “Graças ao esforço heróico do povo paranaense no primeiro mandato de Requião, que investiu US$ 363,6 milhões na construção, o Paraná possui hoje uma grande empresa ferroviária, que detém as condições econômico-financeiras para seguir se desenvolvendo sem significativos aportes do Tesouro Estadual”, completou.