As obras dos novos ramais da Ferroeste, previstas para começar em 2010, segundo orientação do governador Roberto Requião, terão a participação do Exército Brasileiro. Para discutir a forma de participação, aconteceu nesta sexta-feira (19), em Brasília, reunião de trabalho entre o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, e o general de Exército Ítalo Forte Avena, chefe do Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército.
Durante o encontro, paralelamente, técnicos da Ferroeste e do DEC trabalharam num cronograma para determinar as fases dos projetos e das obras de ampliação da ferrovia. “Queremos o Exército como gestor das obras de expansão e executor direto de alguns trechos da ferrovia”, disse Gomes.
A reunião foi um desdobramento do I Seminário Técnico de Planejamento da Expansão da Ferroeste, realizado no dia 18 de dezembro de 2008, em Curitiba. O Exército está credenciado para participar das obras de expansão da Ferroeste, afirma Samuel Gomes. “A importância da renovação da parceria com o Exército está na garantia de qualidade da ferrovia a ser construída, nos custos reduzidos de construção, na valorização do Exército e do seu papel na sociedade”, explica.
“Para o Exército, a construção dos novos ramais que compõem a expansão da Ferroeste”, continua Gomes, “representa uma oportunidade de melhorar seus equipamentos e adestrar melhor suas tropas. Logo, para a Ferroeste, a parceria com o Exército é uma manifestação do amor do Paraná pelo Brasil”.
OBRA PRINCIPAL - O general de Exército Ítalo Forte Avena disse que a ampliação da Ferroeste é encarada pelos militares “como a obra principal” do Exército nos próximos anos. Segundo o oficial, a execução da obra será “modelo” de gestão e laboratório de novas tecnologias desenvolvidas pela engenharia do Exército, que “estará prioritariamente dedicado à Ferroeste”, destacou. Em pronunciamento recente na Escola de Governo, em 9 de junho, durante apresentação do projeto de expansão da Ferroeste, o general Avena, disse que o Exército Brasileiro quer “realmente participar dessa obra” e está “pronto para trabalhar”.
O trecho atual da Ferroeste, entre Guarapuava e Cascavel, foi construído por dois batalhões ferroviários do Exército Brasileiro, com tecnologia moderna, no período de 1991 a 1994, e começou a funcionar em 1995. “Custou US$ 363 milhões e foi pago integralmente pelo Tesouro do Estado”, ressalta Gomes. “Em seguida ao término do mandato do governador Requião, a ferrovia sofreu um longo período de paralisia e gestão predatória”. Em 18 de dezembro de 2006, no segundo mandato do governador Requião, o Estado retomou a ferrovia.