Uma comissão do governo do Paraná reuniu-se nesta quinta-feira (19), no Rio de Janeiro, com a área de estruturação de projetos do BNDES para discutir o financiamento da expansão da Ferroeste, ferrovia pública que liga Cascavel a Guarapuava. Durante o encontro, ficou decidida a criação de um grupo de trabalho formado por representantes do governo do Estado e do BNDES.
O grupo começará imediatamente o estudo das alternativas de modelagem econômico-financeira para as obras dos trechos integrantes do plano de expansão da Ferroeste, que prevê a construção de 1.200 quilômetros de novas linhas ligando os portos paranaenses ao Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraguai.
O secretário de Transportes, Rogério Tizzot, e o diretor-presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, afirmaram que o governo estadual está firmemente determinado em expandir a Ferroeste na forma pactuada entre os governadores do Sul e o governo federal, integrando os Estados da Região Sul e Centro Oeste aos portos paranaenses e catarinenses.
Os representantes do governo do Paraná lembraram que o projeto de expansão da Ferroeste foi decidido em reunião no Palácio do Planalto, no dia 25 de janeiro deste ano, entre os ministros da Casa Civil, Dilma Roussef, e dos Transportes, Alfredo Nascimento, com os governadores do Paraná, Roberto Requião, do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, e de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira.
Para Murilo Schmitt, presidente da Agência de Fomento do Paraná, “o governo do Estado tem propostas claras e viáveis para apresentar ao BNDES e está disposto a estudar a possibilidade de, se necessário, apresentar contrapartidas financeiras e técnicas para a viabilização dos projetos”.
Schmitt reuniu-se previamente com o secretário do Planejamento, Nestor Bueno, um dos coordenadores do grupo de trabalho do governo estadual que pretende viabilizar a expansão da Ferroeste. “A construção de trechos novos da Ferroeste será uma grande conquista para o Paraná e, por isso, a Secretaria de Planejamento está totalmente dedicada a viabilizar o projeto”, disse o Bueno.
O representante do BRDE, Nelson Soffiatti, disse que o banco é agente financeiro do sistema BNDES há décadas e que, por isso, poderá estruturar as operações necessárias à viabilização das obras, em parceria com a Agência de Fomento
O secretário dos Transportes Rogério Tizzot considerou a reunião um passo significativo para a expansão da ferrovia. “Dissemos ao BNDES que temos pressa e estamos dispostos à colaboração com o Banco e o governo federal para iniciar as obras o mais rapidamente possível. Para isso, pedimos pressa ao Banco na análise dos projetos e dos estudos de viabilidade”, completou.
Segundo o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, o pessoal do BNDES ficou impressionado com o fato de que cada um dos trechos que compõem o plano de expansão da Ferroeste é um módulo relativamente autônomo e se suporta em fatores particulares e independentes de viabilidade econômico-financeira.
“Isso significa que não é necessário construir um trecho para depois iniciar outro. Ao menos em tese, todos os trechos podem ser construídos simultaneamente. Estamos definitivamente em clima de viabilização da construção dos novos trechos”, destacou Gomes.
Pelo BNDES participaram da reunião o superintendente da Área de Estruturação de Projetos, Henrique Amarante da Costa Pinto; o gerente de Desenvolvimento de Projetos da Secretaria Executiva do Presidência, Rodolfo Torres; o gerente de Transporte e Logística, Antonio Pastori, e a economista Sabrina Schneider Martinez.
Ferroeste discute com BNDES recursos para expandir ferrovia
Plano de expansão da Ferroeste prevê a construção de 1.200 quilômetros de novas linhas ligando os portos paranaenses ao Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraguai
Publicação
19/06/2008 - 18:20
19/06/2008 - 18:20
Editoria