Ferroeste cria grupo para executar licenciamento ambiental de novos ramais


Recursos de R$ 13 milhões serão aplicados para iniciar estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental
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15/12/2008 - 11:00
Editoria
A Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S/A), única operadora ferroviária pública do país, que opera o trecho Cascavel-Guarapuava, constituiu um grupo de estudos intergovernamental para iniciar a construção dos novos ramais da ferrovia paranaense a partir de 2009. A primeira reunião coletiva para definir as estratégias de execução dos projetos técnicos, ambientais e de engenharia aconteceu nessa última sexta-feira, 12, entre a Ferroeste, IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Mineropar, Conselho do Litoral (Colite), e Agenda 21 da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Paraná (SEMA). Os recursos de R$ 13 milhões para iniciar o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EUTEA) dos novos ramais da Ferroeste são o resultado de uma aliança suprapartidária das bancadas federais dos Estados do Sul. A emenda parlamentar da bancada paranaense foi acolhida pelo sub-relator Carlito Mers (PT-SC) e pelo relator da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, senador Delcídio Amaral (PT-MS). Amaral assegurou ao diretor presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, que manterá a dotação dos recursos no seu relatório. Projeto – de acordo com Samuel Gomes, com essas medidas, o processo de expansão da Ferroeste será acelerado. “Alguns trechos, cujos estudos já estão adiantados, como o ramal entre Cascavel e Guairá, poderão ser iniciados ainda no decorrer de 2009”. O objetivo dos órgãos de governo envolvidos nos estudos de licenciamento dos novos ramais da ferrovia é viabilizar, no menor tempo possível, a liberação das obras sem ferir a legislação ambiental em vigor. A área de engenharia da Ferroeste esboçou traçados alternativos para a ferrovia, visando reduzir o impacto ambiental e o custo do empreendimento. Já a Mineropar se encarregará dos estudos geológicos indispensáveis para a construção da obra. Ramais – os novos trechos da operadora ferroviária paranaense ligarão Cascavel a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e Laranjeiras do Sul a Chapecó, no Oeste catarinense, e Guarapuava ao Porto de Paranaguá, criando uma infra-estrutura estratégica de fundamental importância para o Mercosul. A construção do ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu, será um passo importante para criar o corredor ferroviário bioceânico, que fará a conexão por via férrea do Cone Sul (estados do sul, Brasil Central, Paraguai, Argentina e Chile) com os portos do Paraná e de Santa Catarina. A construção dos novos ramais públicos ferroviários é estratégica para o escoamento da produção do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, Estados que irão se beneficiar com a redução de custos do transporte até o Porto de Paranaguá. Hoje a Ferroeste opera o trecho entre Cascavel e Guarapuava.

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